Élcio, Anagleice e demais catequistas, otima dinâmica para vocês, ráoida e objetiva, matériais que vocês tem em casa. Vale a pena fazer!
Um forte abraço,
Matheus.
O pecado!
Objetivo: Reconhecer nossos erros e pedir perdão a Deus
Material:
- Um copo (representa o nosso coração);
- Pedras pequenas (representam nossos pecados);
- Água (representa o amor de Deus);
- Uma bacia;
- Uma pinça ou pegador de gelo.
Desenvolvimento:
Apresentar um copo cheio d´água dentro de uma bacia. Explicar que Deus nos criou no amor e para o amor.
Deus nos fez "cheios" de sua graça, do seu amor de sua bondade, porém quando nos afastamos do amor de Deus o pecado vai entrando em nosso coração (colocar algumas pedras no copo com água) e vai ocupando o espaço do amor de Deus, assim o nosso coração fica duro, brigão, cheio de mágoas, violento, invejoso, mentiroso... tudo isso acontece quando não sentimos o amor de Deus.
E será que depois disso, depois de ter um coração empedrado, Deus nos abandona? Será que Deus deixa de nos amar?
NÃO - NUNCA!
Mas como Deus não desiste de nós, nos enviou seu Filho Jesus Cristo com o poder de perdoar nossos pecados e "limpar" o nosso coração do mal. (com o pegador ou a pinça tirar as pedras). Jesus é Deus, Ele quer e pode tirar do nosso coração tudo o que nos impede de sermos felizes. Agora que saíram os pecados (pedras que representam mentira, inveja, etc) o que ficou faltando? (mostrar o copo e esperar que respondam).
Pois é, como Deus nos criou para estarmos sempre cheios de amor, além de tirar os pecados Jesus também quer que sejamos felizes e quer nos encher com o seu amor, sua força.
Música:
Conheço um coração tão manso, humilde e sereno;
Que louva ao Pai por revelar seu nome aos pequenos;
Que tem o dom de amar;
Que sabe perdoar;
Que deu a vida para nos salvar;
Jesus manda teu Espírito;
Para transformar meu coração(2x)
As vezes no meu peito, bate um coração de pedra;
Magoado, frio, sem vida, aqui dentro ele me aperta;
Não quer saber de amar, nem sabe perdoar;
Quer tudo e não sabe partilhar;
Jesus manda teu Espírito;
Para transformar meu coração(2x)
Lava, purifica e restaura-me de novo;
Serás o nosso Deus e nós seremos o teu povo;
Derrama sobre nós, a água do amor;
O Espírito de Deus nosso Senhor;
Jesus, manda teu Espírito
Para transformar meu coração (2x)
Continuando...
Agora, se o nosso coração está em pecado, cheio de pedras, como podemos fazer? Como podemos tirar nossos pecados?
Sabemos que Jesus não veio para nos acusar ou condenar, Ele veio para nos salvar e nos "limpar". (Lembrar do sacramento da reconciliação e penitência)
Precisamos confessar nossos pecados ao padre que representa Jesus.
Cometemos pecado quando somos egoístas e queremos ser felizes sem Deus e sem os irmãos.
Podemos nos afastar de Deus e dos irmãos fazendo o mal por meio de:
- Pensamentos (quando pensamos mal das pessoas e julgamos)
- Palavras (quando proferimos palavras que não são para o bem, ofensas)
- Ações (quando fazemos o mal de propósito)
- Omissões (quando deixamos de fazer o bem ou falar bem dos outros)
Oração:
Vamos pedir perdão a Deus porque quando pecamos "jogamos fora" o Seu amor.
Agora cada um vai pensar no que fez e não agradou a Deus, mentiras, brigas, egoísmo, ofensas, preguiça, desrespeito aos pais, aos avós...
Vamos agora agradecer a Deus pelo amor que Jesus tem por cada um de nós e por ser nosso Salvador, vamos nos esforçar para que o nosso coração não seja duro, não seja invejoso, não seja brigão... o pecado é uma falta para com Deus e ao próximo, o pecado ofende muito a Deus, o pecado é uma desobediência aos mandamentos da lei de Deus.
Encerramento:
Cada catequisando deverá escrever num papel seu pecado, colocar numa caixa ou saco e depois colocar no lixo sem serem lidos.
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quinta-feira, 27 de março de 2014
O pecado original - segunda parte
Deus, no paraíso, amaldiçoou a serpente (o demônio), mas não o homem. Adão e Eva Ele castigou. Prosseguindo a narrativa, Deus disse à mulher: "Multiplicarei os teus sofrimentos, principalmente os do parto; darás à luz em meio à dor e estarás sob o poder do marido e ele te dominará". E disse ao homem: "... maldita seja a terra por causa de ti; à custa de trabalho penoso é que dela tirarás o teu alimento, até que voltes à terra de que foste tomado, porque tu és pó e em pó te hás de tornar".
Assim como a serpente recebeu a maldição no lugar de Eva, a terra recebeu-a em lugar de Adão, sendo que a do demônio foi mantida e a da terra foi retirada, conforme se vê na própria Bíblia, quando, mais tarde, Deus dirigiu-se a Noé.
Analisemos a parte referente à mulher. Já houve quem observasse que Adão foi tentado pro uma criatura semelhante a ele, ao passo que Eva o foi por um ser superior a ela, o que atenua sua culpa. No entanto, Moisés, o autor do Gênesis, pertencia a uma cultura em que a mulher era considerada inferior ao homem, o que, naturalmente, influênciou sua narrativa.
Foi precisamente o Cristianismo o porta-voz da Boa Nova, o realizador das promessas e símbolos do Antigo Testamento, que primeiro realçou a dignidade da mulher. Pois se é verdade que o homem cedeu ao pecado mediante as palavras tentadoras de sua mulher, também é verdade que obteve o caminho da salvação por intermédio da palavra de outra mulher. Ao não de Eva (pois ela negou-se a obedecer) opõe-se o Sim de Maria (na submissão à vontade divina).
Ainda, a propósito, é bom frisar o seguinte: para que Eva caísse foi necessária a ação do demônio, mas, para a queda do homem, bastou a má influência da mulher. Isso tem sentido. Todos sabemos como é forte a persuasão feminina. Quando a mulher se corrompe, corrompe-se a família, a sociedade, a pátria, o mundo. Os que pretendem solapar os valores morais degradam e servem-se da mulher para atingir os seus objetivos. Diabolicamente, eles sabem o que fazem - embora a mulher neste caso, em sua mãos, não passe de um joguete.
Para a sua perfeita realização, e para a do homem e da sociedade, a mulher deve renunciar a Eva e aproximar-se de Maria.
Quanto ao castigo do homem, não seria preciso recorrer à Bíblia para verificar que o pecado (nosso e alheio), dificulta a luta pela vida. Comendo um fruto proibido, o homem pecou - agora, precisa de esforço para colher os bons frutos que lhe são oferecidos. Mas a palavra de ordem "dominai a terra" não foi retirada, assim como não lhe foram retirados os dons naturais.
Com inteligência e vontade, à custa de sacrifícios, o homem tem progredido. As conquistas da técnica, facilitando o trabalho humano, são boas. Como são bons os conhecimentos no campo da ciência. O importante é que o homem considere essa vitórias como meios que o levem a Deus e não como fins em si ou meios de destruição e pecado (afastamento de Deus).
Ainda segundo a Bíblia, após o pecado (original), "O Senhor Deus fez para Adão e sua mulher túnicas de pele, com as quais os revestiu". Portanto, para que o homem cobrisse sua nudez (despojamento da graça) houve derramamento de sangue, algum animal foi sacrificado. Mais tarde, no Novo Testamento, S. João Batista apresentaria Jesus ao povo judaico, como sendo "o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo", e tem profundo sentido e perfeita relação como o pecado original a frase de S. Paulo diria tantos anos mais tarde: "Revesti-vos de Cristo".
Por fim, diz a Sagrada Escritura que, após o pecado, Deus expulsou Adão e diante do Paraíso pôs um anjo brandindo uma espada de fogo. Maria, a antítese de Eva, é, também, poeticamente, chamada de "Jardim fechado". De fato, em seu seio, por obra do Espírito Santo, germinou a semente divina. E o anúncio desse milagre, de sua maternidade virginal, foi-lhe dado por um anjo. Agora, é um anjo (talvez, o mesmo) que, como mensageiro do Altíssimo, se curva diante da mulher bendita entre todas, da predestinada a ser mãe do Salvador. Abre-se o mais belo dos "jardins fechados" e um Novo Paraíso desponta para a humanidade.
Antigo Testamento
Imagem do Novo
Eva dialoga com o demônio
Maria dialoga com o anjo
Há falsa amizade entre Eva e o demônio
Há verdadeira amizade entre Deus e Maria
O Homem peca pelo orgulho
Jesus, o Salvador dos homens, é o "manso e humilde de coração"
Adão desobedece – e o homem se perde
Jesus faz-se "obediente até a morte"- e o homem se salva
Comendo o fruto proibido, o homem peca
Agora, com sacrifício, come os frutos lícitos
Desobedecendo, Adão prova o doce fruto
Obedecendo até a morte, Cristo prova fel e vinagre
Adão estende seus braços para a árvore – e isto é perdição
Cristo estende seus braços para a cruz (da madeira, da árvore) – e isto é salvação.
Na "hora das trevas", o homem se despe da graça
Na hora das trevas, Jesus é despido – para revestir o homem de graça
A tarde, "na hora das trevas" (porque havia trevas em seu coração), o homem peca.
Para remir o homem, à tarde, Jesus é crucificado
Naquela hora (das trevas), no Paraíso, dando as costas a Deus, Adão e Eva começaram a crucificar Jesus
Á tarde, é crucificado Aquele que disse: "O que me segue não anda em trevas"
Num jardim (o Paraíso), o homem peca.
Num jardim (das Oliveiras) Jesus o salva.
Um anjo fecha o Paraíso
Um anjo abre outro (o seio de Maria)
Para vestir Adão e Eva, um animal é morto
Para revestir o homem da graça, Jesus, "o Cordeiro de Deus", é crucificado
Segundo uma lenda, o crânio de Adão foi sepultado no monte Gólgota
No monte Gólgota, o sangue da cabeça de Cristo o lavou.
Eva é a primeira mãe dos homens
Numa Segunda ordem – restaurada – Maria é a primeira Mãe
Assim como a serpente recebeu a maldição no lugar de Eva, a terra recebeu-a em lugar de Adão, sendo que a do demônio foi mantida e a da terra foi retirada, conforme se vê na própria Bíblia, quando, mais tarde, Deus dirigiu-se a Noé.
Analisemos a parte referente à mulher. Já houve quem observasse que Adão foi tentado pro uma criatura semelhante a ele, ao passo que Eva o foi por um ser superior a ela, o que atenua sua culpa. No entanto, Moisés, o autor do Gênesis, pertencia a uma cultura em que a mulher era considerada inferior ao homem, o que, naturalmente, influênciou sua narrativa.
Foi precisamente o Cristianismo o porta-voz da Boa Nova, o realizador das promessas e símbolos do Antigo Testamento, que primeiro realçou a dignidade da mulher. Pois se é verdade que o homem cedeu ao pecado mediante as palavras tentadoras de sua mulher, também é verdade que obteve o caminho da salvação por intermédio da palavra de outra mulher. Ao não de Eva (pois ela negou-se a obedecer) opõe-se o Sim de Maria (na submissão à vontade divina).
Ainda, a propósito, é bom frisar o seguinte: para que Eva caísse foi necessária a ação do demônio, mas, para a queda do homem, bastou a má influência da mulher. Isso tem sentido. Todos sabemos como é forte a persuasão feminina. Quando a mulher se corrompe, corrompe-se a família, a sociedade, a pátria, o mundo. Os que pretendem solapar os valores morais degradam e servem-se da mulher para atingir os seus objetivos. Diabolicamente, eles sabem o que fazem - embora a mulher neste caso, em sua mãos, não passe de um joguete.
Para a sua perfeita realização, e para a do homem e da sociedade, a mulher deve renunciar a Eva e aproximar-se de Maria.
Quanto ao castigo do homem, não seria preciso recorrer à Bíblia para verificar que o pecado (nosso e alheio), dificulta a luta pela vida. Comendo um fruto proibido, o homem pecou - agora, precisa de esforço para colher os bons frutos que lhe são oferecidos. Mas a palavra de ordem "dominai a terra" não foi retirada, assim como não lhe foram retirados os dons naturais.
Com inteligência e vontade, à custa de sacrifícios, o homem tem progredido. As conquistas da técnica, facilitando o trabalho humano, são boas. Como são bons os conhecimentos no campo da ciência. O importante é que o homem considere essa vitórias como meios que o levem a Deus e não como fins em si ou meios de destruição e pecado (afastamento de Deus).
Ainda segundo a Bíblia, após o pecado (original), "O Senhor Deus fez para Adão e sua mulher túnicas de pele, com as quais os revestiu". Portanto, para que o homem cobrisse sua nudez (despojamento da graça) houve derramamento de sangue, algum animal foi sacrificado. Mais tarde, no Novo Testamento, S. João Batista apresentaria Jesus ao povo judaico, como sendo "o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo", e tem profundo sentido e perfeita relação como o pecado original a frase de S. Paulo diria tantos anos mais tarde: "Revesti-vos de Cristo".
Por fim, diz a Sagrada Escritura que, após o pecado, Deus expulsou Adão e diante do Paraíso pôs um anjo brandindo uma espada de fogo. Maria, a antítese de Eva, é, também, poeticamente, chamada de "Jardim fechado". De fato, em seu seio, por obra do Espírito Santo, germinou a semente divina. E o anúncio desse milagre, de sua maternidade virginal, foi-lhe dado por um anjo. Agora, é um anjo (talvez, o mesmo) que, como mensageiro do Altíssimo, se curva diante da mulher bendita entre todas, da predestinada a ser mãe do Salvador. Abre-se o mais belo dos "jardins fechados" e um Novo Paraíso desponta para a humanidade.
Antigo Testamento
Imagem do Novo
Eva dialoga com o demônio
Maria dialoga com o anjo
Há falsa amizade entre Eva e o demônio
Há verdadeira amizade entre Deus e Maria
O Homem peca pelo orgulho
Jesus, o Salvador dos homens, é o "manso e humilde de coração"
Adão desobedece – e o homem se perde
Jesus faz-se "obediente até a morte"- e o homem se salva
Comendo o fruto proibido, o homem peca
Agora, com sacrifício, come os frutos lícitos
Desobedecendo, Adão prova o doce fruto
Obedecendo até a morte, Cristo prova fel e vinagre
Adão estende seus braços para a árvore – e isto é perdição
Cristo estende seus braços para a cruz (da madeira, da árvore) – e isto é salvação.
Na "hora das trevas", o homem se despe da graça
Na hora das trevas, Jesus é despido – para revestir o homem de graça
A tarde, "na hora das trevas" (porque havia trevas em seu coração), o homem peca.
Para remir o homem, à tarde, Jesus é crucificado
Naquela hora (das trevas), no Paraíso, dando as costas a Deus, Adão e Eva começaram a crucificar Jesus
Á tarde, é crucificado Aquele que disse: "O que me segue não anda em trevas"
Num jardim (o Paraíso), o homem peca.
Num jardim (das Oliveiras) Jesus o salva.
Um anjo fecha o Paraíso
Um anjo abre outro (o seio de Maria)
Para vestir Adão e Eva, um animal é morto
Para revestir o homem da graça, Jesus, "o Cordeiro de Deus", é crucificado
Segundo uma lenda, o crânio de Adão foi sepultado no monte Gólgota
No monte Gólgota, o sangue da cabeça de Cristo o lavou.
Eva é a primeira mãe dos homens
Numa Segunda ordem – restaurada – Maria é a primeira Mãe
O pecado original - primeira parte
No paraíso, destacam-se duas árvores: a árvore da vida e a árvore da conhecimento do bem e do mal. Gratuitamente ornado por magníficos dons de Deus, Adão foi submetido a uma prova: "Não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal".
"Conhecer o bem e o mal", significa poder determinar para si mesmo o que é bom e o que é mau, sem o esforço que é próprio do homem, mas intuitivamente, como um anjo ou como Deus ("Sereis como Deuses"). Por aquele preceito, o Senhor Deus indicava que o homem não devia cobiçar uma perfeição superior à sua natureza, ou seja, não devia desejar um bem de modo que ultrapassasse as suas forças, isto é, de um modo desordenado. O primeiro pecado constitui em querer uma coisa boa (a semelhança com Deus), mas desordenamente, contra a ordem de Deus.
O homem fora criado como rei, senhor do mundo. Deus, impondo-lhe um preceito, lembrava-lhe que, apesar disso, como criatura, devia sujeitar-se a alguém. Deus queria a sua obediência – e tinha o direito a isso. E o homem, obedecendo, seria feliz.
Mas... por inveja, o demônio tentou-o.
Eis como a Bíblia narra a queda do homem: "A serpente disse à mulher: ‘Por que vos mandou Deus que não comêsseis de toda a árvore do paraíso? Respondeu-lhe a mulher: ‘Nós comemos do fruto das árvores que estão no paraíso. Mas do fruto da árvore que está no meio, Deus nos mandou que não comêssemos e nem a toçassemos a fim de não morrermos. Porém, a serpente disse à mulher: ‘Vós de nenhum modo morrereis. Mas Deus sabe que, em qualquer dia que comerdes dele, os vossos olhos se abrirão e sereis com deuses, conhecendo o bem e o mal".
A própria Bíblia identifica com o demônio esta serpente. O Livro da Sabedoria, por exemplo, depois de afirmar que "Deus criou o homem imortal", acrescenta: "Mas, por inveja do demônio, entrou no mundo a morte" (Sb 2, 24). Jesus refere-se ao demônio como "homicida desde o início, mentiroso e pai da mentira" (Jo 8, 44). E o Apocalipse fala no "grande dragão" que se opõe à outra mulher (à Igreja) como "a antiga serpente que se chama Diabo e Satanás, que seduz a terra inteira" (Ap 12, 9).
Note-se que os bens espirituais são desejáveis. O bem da semelhança com Deus, pelo conhecimento perfeito de si mesmo, era sedutor – no Evangelho, o próprio Jesus nos convida a "sermos perfeitos como nosso Pai". O erro estava na soberba, e em querer ser como Deus, contra Deus ou sem Ele.
Prosseguindo a narrativa: "A mulher viu o que o fruto da árvore era bom ao paladar. Agradável de aspecto e valioso para abri o entendimento; tomou, pois do fruto e o comeu; deu-o, também, ao marido, que estava com ela, e este o comeu. Então, os olhos de ambos se abriram; perceberam que estavam nus, e, entrelaçando folhas de figueira, fizeram cinturões para si. Então ouviram o ruído do Senhor Deus, que passeava no jardim à brisa do dia. O homem e a mulher se ocultaram aos olhos do Senhor Deus por entre as árvores do jardim.
O Senhor Deus, porém, chamou o homem e disse-lhe. ‘Onde estás’ Este respondeu: ‘Ouvi o ruído dos vossos passos no jardim: tive medo, porque estou nu, e escondi-me’. O Senhor Deus disse: ‘Quem te revelou que estás nú? Terás comido do fruto da árvore que te proibi de provar?’ O homem respondeu: ‘A mulher que puseste comigo apresentou-me o fruto da árvore, e comi-o.’ O Senhor Deus disse à mulher: Por que fizeste isso?’ – ‘A serpente me enganou, repondeu ela, e comi."
Certamente, antes do pecado, Adão e Eva estavam nus. Estavam, porém, vestidos com a graça de Deus. Por isso, a nudez não os pertubava. Depois do pecado, "os olhos se abriram" e, despidos da graça, olharam-se com vergonha. Então, cobriram-se com "folhas de figueira", folhas ásperas, desagradáveis (sinal da necessidade de penitência).
O autor Sagrado destaca a familiaridade das relações entre Deus e o homem, quando este lhe voltava as costas. Vemos o contraste entre o comportamento do Criador, Amigo, Companheiro, e o da criatura, infiel e indigna daquela amizade. Apresentando Deus como se ignorasse o que havia acontecido, o autor pretende resaltar o quanto Ele tinha motivo para não esperar aquela atitude do homem. Note-se a desordem interior e o obscurecimento da inteligência produzidos pela pecado: ambos se esconderam de Deus... – como se isso fosse possível.
No diálogo, o homem se desculpa, acusando a mulher – e esta faz o mesmo, acusando a serpente. Aliás, Adão não perde a oportunidade de frisar: a mulher que o tentara, lhe fora dada por Deus... Estão ai, bem caracterizadas, a covardia, a ingratidão, a insolência, a mentira. Nenhum dos, dois se refere ao motivo da desobediência: o amor próprio exaltado, o orgulho na ambição de ser como Deus (ainda que contra Deus).
É necessário esclarecer que o pecado de Adão e Eva não foi de origem sexual. Deus é coerente: não lhes daria o sexo proibindo-lhes o seu uso (dentro da lei natural, estabelecida por Deus). É bastante conhecida a frase: "Crecei e multiplica-vos", dita antes da queda. O pecado se chama original, por ser o primeiro, por ser o princípio e a origem de nssos males – pois o pecado é o mal.
Note-se ainda, que o pecado desuniu Adão e Eva. Com o rompimento das relações com Deus, as relações humanas – consigo mesmo e com os outros – tornaram-se difíceis. Assim como a graça de Deus é harmonia, equilíbrio, paz, amor – o pecado (afastamento de Deus) é a desordem, a divisão já dentro do próprio homem, como, também, desequilíbrio, discórdia, ódio, guerra entre os homens.
Segundo, então, a ordem inversa do interrogatório, Deus começa por amaldiçoar a serpente: "Serás maldita entre os animais (...), andarás de rastro (...). E estabelecerei inimizade entre ti e a mulher, ente a tua linhagem e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu hás de lhe ferir o calcanhar".
Quanto ao sentido da últimas frases, ali está a primeira promessa do Salvador. Deus é a Justiça e Misericórdia. Opondo-se à falsa amizade entre Eva e a serpente, está predita uma verdadeira inimizade entre o demônio e a outra mulher (Maria). Esta, a mãe de outra linhagem, por aplicação antecedente dos méritos de de seu Filho Jesus, foi imaculada desde a sua concepção. Jamais o demônio teve sobre ela algum poder, ao contrário do que acontece com os "degregados filhos de Eva".
Porque, exceto Jesus e Maria, todos somos concebidos em pecado (original). Como filhos de pais riquíssimos que perderam sua fortuna, nascemos na miséria (do pecado). Com o pecado original, Adão e Eva perderam os dons sobrenaturais e preternaturais e tiveram enfraquecidos os naturais. O pecado original, ainda que indiretamente, atingiu a própria natureza de Adão – e, por isso, nós o herdamos.
Jesus (o 2º. Adão) veio, pela graça, resgatar a natureza humana, reatar o vínculo da justiça – a preço de sangue. Instigando os judeus a crucificá-lo, o demônio feriu o Salvador, mas, nessa mesma hora, feria-se a si mesmo, porque, pela cruz, viria a salvação. Assim o demônio feriu Cristo "no calcanhar", mas Este "o feriu na cabeça".
E, quanto a nós, também o combate é sangrento. A própria Virgem Maria, Rainha do Céu e dos Anjos, também é a Senhora das Dores. Já agora, como herdeiros de Cristo, como filhos de Maria, podemos, na ventura da graça, no conforto da Fé, na vida em união com Deus, na paz interior, encontrar algo do paraíso perdido – mas isso tem um preço: o sacrifício, o domínio de si mesmo, a vitória sobre o orgulho, sobre o orgulho que vitimou nossos primeiro pais. Só assim teremos, na terra, uma antevisão da felicidade prometida no céu. Esperar ser feliz de outro modo é insensatez.
Porém, no combate, não estamos sós. Pelo Batismo, recebemos a graça de Deus – que jamais nos desampara. E a Imaculada Conceição – aquela que representamos esmagando uma serpente – é, também, O Auxilio dos cristãos, a Consoladora dos aflitos, o Refúgio dos pecadores. Cada vez que damos ouvidos à tentação, imitamos Eva, Eva imprudente, que se entregou contemplando o fruto proibido, deleitando-se, deixando-se envolver (em vez de desprezar o tentador). Cada vez, que reagimos, esmagamos a serpente, embora esta nos moleste, embora nos fira o calcanhar – porque a luta exige sacrifício. Mas, não estamos sós.
Cristo, na cruz, além de se entregar por nós, deu-nos, também, Sua Mãe que sensivelmente, nos protege. Exemplo : Na frança, em 27 de novembro de 1830, a irmã de Caridade Catarina Labouré encontra-se na capela, em oração. Envolta, num círculo em que se distinguiam as palavras "Oh, Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós", a Virgem lhe apareceu, dizendo-lhe : "Mande cunhar uma medalha conforme este modelo.
Todos aqueles que a trouxerem alcançarão graças". A medalha foi cunhada. E inúmeras graças são concedidas aos que nela confiam, razão por que passou a chamar-se "Medalha Milagrosa".
Além dessa oportunidade, são inúmeras as vezes, que Maria tem-se manifestado aos homens. Sempre pedindo oração e penitência, sempre exortando aos bons costumes, à concórdia, à virtude. Sempre extravasando seu amor de Mãe zelosa pela salvação de seus filhos.
"Conhecer o bem e o mal", significa poder determinar para si mesmo o que é bom e o que é mau, sem o esforço que é próprio do homem, mas intuitivamente, como um anjo ou como Deus ("Sereis como Deuses"). Por aquele preceito, o Senhor Deus indicava que o homem não devia cobiçar uma perfeição superior à sua natureza, ou seja, não devia desejar um bem de modo que ultrapassasse as suas forças, isto é, de um modo desordenado. O primeiro pecado constitui em querer uma coisa boa (a semelhança com Deus), mas desordenamente, contra a ordem de Deus.
O homem fora criado como rei, senhor do mundo. Deus, impondo-lhe um preceito, lembrava-lhe que, apesar disso, como criatura, devia sujeitar-se a alguém. Deus queria a sua obediência – e tinha o direito a isso. E o homem, obedecendo, seria feliz.
Mas... por inveja, o demônio tentou-o.
Eis como a Bíblia narra a queda do homem: "A serpente disse à mulher: ‘Por que vos mandou Deus que não comêsseis de toda a árvore do paraíso? Respondeu-lhe a mulher: ‘Nós comemos do fruto das árvores que estão no paraíso. Mas do fruto da árvore que está no meio, Deus nos mandou que não comêssemos e nem a toçassemos a fim de não morrermos. Porém, a serpente disse à mulher: ‘Vós de nenhum modo morrereis. Mas Deus sabe que, em qualquer dia que comerdes dele, os vossos olhos se abrirão e sereis com deuses, conhecendo o bem e o mal".
A própria Bíblia identifica com o demônio esta serpente. O Livro da Sabedoria, por exemplo, depois de afirmar que "Deus criou o homem imortal", acrescenta: "Mas, por inveja do demônio, entrou no mundo a morte" (Sb 2, 24). Jesus refere-se ao demônio como "homicida desde o início, mentiroso e pai da mentira" (Jo 8, 44). E o Apocalipse fala no "grande dragão" que se opõe à outra mulher (à Igreja) como "a antiga serpente que se chama Diabo e Satanás, que seduz a terra inteira" (Ap 12, 9).
Note-se que os bens espirituais são desejáveis. O bem da semelhança com Deus, pelo conhecimento perfeito de si mesmo, era sedutor – no Evangelho, o próprio Jesus nos convida a "sermos perfeitos como nosso Pai". O erro estava na soberba, e em querer ser como Deus, contra Deus ou sem Ele.
Prosseguindo a narrativa: "A mulher viu o que o fruto da árvore era bom ao paladar. Agradável de aspecto e valioso para abri o entendimento; tomou, pois do fruto e o comeu; deu-o, também, ao marido, que estava com ela, e este o comeu. Então, os olhos de ambos se abriram; perceberam que estavam nus, e, entrelaçando folhas de figueira, fizeram cinturões para si. Então ouviram o ruído do Senhor Deus, que passeava no jardim à brisa do dia. O homem e a mulher se ocultaram aos olhos do Senhor Deus por entre as árvores do jardim.
O Senhor Deus, porém, chamou o homem e disse-lhe. ‘Onde estás’ Este respondeu: ‘Ouvi o ruído dos vossos passos no jardim: tive medo, porque estou nu, e escondi-me’. O Senhor Deus disse: ‘Quem te revelou que estás nú? Terás comido do fruto da árvore que te proibi de provar?’ O homem respondeu: ‘A mulher que puseste comigo apresentou-me o fruto da árvore, e comi-o.’ O Senhor Deus disse à mulher: Por que fizeste isso?’ – ‘A serpente me enganou, repondeu ela, e comi."
Certamente, antes do pecado, Adão e Eva estavam nus. Estavam, porém, vestidos com a graça de Deus. Por isso, a nudez não os pertubava. Depois do pecado, "os olhos se abriram" e, despidos da graça, olharam-se com vergonha. Então, cobriram-se com "folhas de figueira", folhas ásperas, desagradáveis (sinal da necessidade de penitência).
O autor Sagrado destaca a familiaridade das relações entre Deus e o homem, quando este lhe voltava as costas. Vemos o contraste entre o comportamento do Criador, Amigo, Companheiro, e o da criatura, infiel e indigna daquela amizade. Apresentando Deus como se ignorasse o que havia acontecido, o autor pretende resaltar o quanto Ele tinha motivo para não esperar aquela atitude do homem. Note-se a desordem interior e o obscurecimento da inteligência produzidos pela pecado: ambos se esconderam de Deus... – como se isso fosse possível.
No diálogo, o homem se desculpa, acusando a mulher – e esta faz o mesmo, acusando a serpente. Aliás, Adão não perde a oportunidade de frisar: a mulher que o tentara, lhe fora dada por Deus... Estão ai, bem caracterizadas, a covardia, a ingratidão, a insolência, a mentira. Nenhum dos, dois se refere ao motivo da desobediência: o amor próprio exaltado, o orgulho na ambição de ser como Deus (ainda que contra Deus).
É necessário esclarecer que o pecado de Adão e Eva não foi de origem sexual. Deus é coerente: não lhes daria o sexo proibindo-lhes o seu uso (dentro da lei natural, estabelecida por Deus). É bastante conhecida a frase: "Crecei e multiplica-vos", dita antes da queda. O pecado se chama original, por ser o primeiro, por ser o princípio e a origem de nssos males – pois o pecado é o mal.
Note-se ainda, que o pecado desuniu Adão e Eva. Com o rompimento das relações com Deus, as relações humanas – consigo mesmo e com os outros – tornaram-se difíceis. Assim como a graça de Deus é harmonia, equilíbrio, paz, amor – o pecado (afastamento de Deus) é a desordem, a divisão já dentro do próprio homem, como, também, desequilíbrio, discórdia, ódio, guerra entre os homens.
Segundo, então, a ordem inversa do interrogatório, Deus começa por amaldiçoar a serpente: "Serás maldita entre os animais (...), andarás de rastro (...). E estabelecerei inimizade entre ti e a mulher, ente a tua linhagem e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu hás de lhe ferir o calcanhar".
Quanto ao sentido da últimas frases, ali está a primeira promessa do Salvador. Deus é a Justiça e Misericórdia. Opondo-se à falsa amizade entre Eva e a serpente, está predita uma verdadeira inimizade entre o demônio e a outra mulher (Maria). Esta, a mãe de outra linhagem, por aplicação antecedente dos méritos de de seu Filho Jesus, foi imaculada desde a sua concepção. Jamais o demônio teve sobre ela algum poder, ao contrário do que acontece com os "degregados filhos de Eva".
Porque, exceto Jesus e Maria, todos somos concebidos em pecado (original). Como filhos de pais riquíssimos que perderam sua fortuna, nascemos na miséria (do pecado). Com o pecado original, Adão e Eva perderam os dons sobrenaturais e preternaturais e tiveram enfraquecidos os naturais. O pecado original, ainda que indiretamente, atingiu a própria natureza de Adão – e, por isso, nós o herdamos.
Jesus (o 2º. Adão) veio, pela graça, resgatar a natureza humana, reatar o vínculo da justiça – a preço de sangue. Instigando os judeus a crucificá-lo, o demônio feriu o Salvador, mas, nessa mesma hora, feria-se a si mesmo, porque, pela cruz, viria a salvação. Assim o demônio feriu Cristo "no calcanhar", mas Este "o feriu na cabeça".
E, quanto a nós, também o combate é sangrento. A própria Virgem Maria, Rainha do Céu e dos Anjos, também é a Senhora das Dores. Já agora, como herdeiros de Cristo, como filhos de Maria, podemos, na ventura da graça, no conforto da Fé, na vida em união com Deus, na paz interior, encontrar algo do paraíso perdido – mas isso tem um preço: o sacrifício, o domínio de si mesmo, a vitória sobre o orgulho, sobre o orgulho que vitimou nossos primeiro pais. Só assim teremos, na terra, uma antevisão da felicidade prometida no céu. Esperar ser feliz de outro modo é insensatez.
Porém, no combate, não estamos sós. Pelo Batismo, recebemos a graça de Deus – que jamais nos desampara. E a Imaculada Conceição – aquela que representamos esmagando uma serpente – é, também, O Auxilio dos cristãos, a Consoladora dos aflitos, o Refúgio dos pecadores. Cada vez que damos ouvidos à tentação, imitamos Eva, Eva imprudente, que se entregou contemplando o fruto proibido, deleitando-se, deixando-se envolver (em vez de desprezar o tentador). Cada vez, que reagimos, esmagamos a serpente, embora esta nos moleste, embora nos fira o calcanhar – porque a luta exige sacrifício. Mas, não estamos sós.
Cristo, na cruz, além de se entregar por nós, deu-nos, também, Sua Mãe que sensivelmente, nos protege. Exemplo : Na frança, em 27 de novembro de 1830, a irmã de Caridade Catarina Labouré encontra-se na capela, em oração. Envolta, num círculo em que se distinguiam as palavras "Oh, Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós", a Virgem lhe apareceu, dizendo-lhe : "Mande cunhar uma medalha conforme este modelo.
Todos aqueles que a trouxerem alcançarão graças". A medalha foi cunhada. E inúmeras graças são concedidas aos que nela confiam, razão por que passou a chamar-se "Medalha Milagrosa".
Além dessa oportunidade, são inúmeras as vezes, que Maria tem-se manifestado aos homens. Sempre pedindo oração e penitência, sempre exortando aos bons costumes, à concórdia, à virtude. Sempre extravasando seu amor de Mãe zelosa pela salvação de seus filhos.
Como surgiu a Igreja?
Prefiguração da Igreja:
Desde o início dos tempos a Igreja já era prefigurada. O próprio Antigo Testamento possui dezenas de frases prefigurativas. A Arca de Noé, por exemplo, simboliza a Igreja: aqueles que estiverem dentro dela se salvarão; o misterioso sacerdote Melquisedeque que, de maneira surpreendente, oferece pão e vinho a Abraão, símboliza o Cristo na introdução da Eucaristia.
A Igreja (assembléia ou reunião do povo de Deus), começou com Abraão, a quem Deus prometeu que seria o pai de um grande povo. (Gn 12,2;15,5-6). Deus então escolheu Israel como Seu povo eleito. (Ex 19,5-6).
No entanto, o povo comportou-se como uma prostituta, diz o Senhor, rompendo a aliança que fizeram com o Ele, através de adoração a falsos Deuses, etc. (Is 1,2-4).
Por este motivo, os profetas passaram a anunciar, por vontade de Deus, o início de uma nova e eterna Aliança (Is 55,3), a qual foi instituída por Jesus, o Cristo (ungido) de Deus.
Missão de Jesus
A missão de Jesus era realizar o plano de salvação de Deus Pai. Para isso, veio ao mundo e, na idade adulta, formou a pequena comunidade dos 12 Discípulos, respresentando as 12 tribos de Israel, tendo Pedro como seu "chefe" (Mc 3,14-15).
Cristo fundou uma Igreja
A Igreja foi realizada pela Cruz redentora de Cristo e por Sua Ressurreição. Será consumada na glória do céu como assembléia de todos os resgatados na terra. Por isso a Igreja é necessária à salvação do homem, não bastando a fé, como pregava Lutero, que iniciou a reforma protestante.
Por isso também Jesus deixou seus discípulos responsáveis pela Sua doutrina, incumbindo-os de difundi-la por todo o mundo, dando-lhes grandes autoridades, como a de poder decidir o que será ligado ou desligado nos Céus (Mt 16,18-20). Daí vem, por exemplo, a certeza do perdão dos pecados no Sacramento da Reconciliação ou confissão.
Assim, tendo Pedro como "cabeça visível" da Igreja, os Apóstolos difundiram a doutrina por todo o mundo conhecido. Pela autoridade que a eles foi dada pelo Filho de Deus, nomearam outros apóstolos (bispos e sacerdotes), diáconos, como Estêvão e Filipe. Também nomearam Lino após a morte de Pedro, que tornou-se assim o segundo Papa. Assim tem sido até hoje.
Desde o início dos tempos a Igreja já era prefigurada. O próprio Antigo Testamento possui dezenas de frases prefigurativas. A Arca de Noé, por exemplo, simboliza a Igreja: aqueles que estiverem dentro dela se salvarão; o misterioso sacerdote Melquisedeque que, de maneira surpreendente, oferece pão e vinho a Abraão, símboliza o Cristo na introdução da Eucaristia.
A Igreja (assembléia ou reunião do povo de Deus), começou com Abraão, a quem Deus prometeu que seria o pai de um grande povo. (Gn 12,2;15,5-6). Deus então escolheu Israel como Seu povo eleito. (Ex 19,5-6).
No entanto, o povo comportou-se como uma prostituta, diz o Senhor, rompendo a aliança que fizeram com o Ele, através de adoração a falsos Deuses, etc. (Is 1,2-4).
Por este motivo, os profetas passaram a anunciar, por vontade de Deus, o início de uma nova e eterna Aliança (Is 55,3), a qual foi instituída por Jesus, o Cristo (ungido) de Deus.
Missão de Jesus
A missão de Jesus era realizar o plano de salvação de Deus Pai. Para isso, veio ao mundo e, na idade adulta, formou a pequena comunidade dos 12 Discípulos, respresentando as 12 tribos de Israel, tendo Pedro como seu "chefe" (Mc 3,14-15).
Cristo fundou uma Igreja
A Igreja foi realizada pela Cruz redentora de Cristo e por Sua Ressurreição. Será consumada na glória do céu como assembléia de todos os resgatados na terra. Por isso a Igreja é necessária à salvação do homem, não bastando a fé, como pregava Lutero, que iniciou a reforma protestante.
Por isso também Jesus deixou seus discípulos responsáveis pela Sua doutrina, incumbindo-os de difundi-la por todo o mundo, dando-lhes grandes autoridades, como a de poder decidir o que será ligado ou desligado nos Céus (Mt 16,18-20). Daí vem, por exemplo, a certeza do perdão dos pecados no Sacramento da Reconciliação ou confissão.
Assim, tendo Pedro como "cabeça visível" da Igreja, os Apóstolos difundiram a doutrina por todo o mundo conhecido. Pela autoridade que a eles foi dada pelo Filho de Deus, nomearam outros apóstolos (bispos e sacerdotes), diáconos, como Estêvão e Filipe. Também nomearam Lino após a morte de Pedro, que tornou-se assim o segundo Papa. Assim tem sido até hoje.
A irmã chata
Olá catequistas, aqui vai um contozinho para contarmos para nossas crianças na catequese. Esse conto da "Irmã Chata" é bem interessante e cabe como uma luva, em nossa realidade. Um forte abraço! Matheus Pinto A irmã chata... |
No Carmelo onde Santa Teresinha morava, na França, havia uma Irmã muito chata. Era chata mesmo. Na capela, ela ficava batendo o terço no banco, cujo barulho irritava as colegas.
Teresinha sentia dificuldade até em olhar para o rosto dessa Irmã, mas procurava disfarçar. Quando a via no corredor, sua vontade era de entrar numa sala, evitando o encontro. Mas se dominava, olhava para ela e sorria.
Na lavanderia, aquela Irmã era estabanada e espirrava água nas colegas que lavavam roupa ao seu lado. Teresinha não enxugava os pingos, para não mostrar descontentamento. Que sejam como água benta, pensava ela.
E assim, Teresinha foi invertendo os seus sentimentos em relação àquela Irmã. O barulhinho do terço na capela já lhe parecia uma música que a ajudava a rezar e a louvar a Deus.
Com o tempo, ela passou a gostar daquela Irmã. Um dia, para surpresa sua, a Irmã lhe disse: "Irmã Teresinha, por que é que você gosta tanto de mim?"
O amor de Deus, que foi derramado em nossos corações no batismo, nos impulsiona a amar o próximo sem distinção. "Deus é amor: quem permanece no amor permanece em Deus e Deus permanece nele" (1Jo 4,16).
"Sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos" (1Jo 3,14).
Vamos pedir a Maria Santíssima e a Santa Teresinha que nos ajudem a acolher com amor as pessoas chatas e a conviver bem com as pessoas que moram, trabalham ou estudam conosco e não nos são agradáveis.
Teresinha sentia dificuldade até em olhar para o rosto dessa Irmã, mas procurava disfarçar. Quando a via no corredor, sua vontade era de entrar numa sala, evitando o encontro. Mas se dominava, olhava para ela e sorria.
Na lavanderia, aquela Irmã era estabanada e espirrava água nas colegas que lavavam roupa ao seu lado. Teresinha não enxugava os pingos, para não mostrar descontentamento. Que sejam como água benta, pensava ela.
E assim, Teresinha foi invertendo os seus sentimentos em relação àquela Irmã. O barulhinho do terço na capela já lhe parecia uma música que a ajudava a rezar e a louvar a Deus.
Com o tempo, ela passou a gostar daquela Irmã. Um dia, para surpresa sua, a Irmã lhe disse: "Irmã Teresinha, por que é que você gosta tanto de mim?"
O amor de Deus, que foi derramado em nossos corações no batismo, nos impulsiona a amar o próximo sem distinção. "Deus é amor: quem permanece no amor permanece em Deus e Deus permanece nele" (1Jo 4,16).
"Sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos" (1Jo 3,14).
Vamos pedir a Maria Santíssima e a Santa Teresinha que nos ajudem a acolher com amor as pessoas chatas e a conviver bem com as pessoas que moram, trabalham ou estudam conosco e não nos são agradáveis.
www.a12.com
Como preparar bem um encontro de catequese?
O encontro de catequese e sua dinâmica
Nestes últimos anos tem-se falado em Catequese Renovada e muitos pontos positivos contribuíram para que ela assim fosse chamada. Percebemos que algumas propostas da Catequese Renovada estão muito visíveis: o uso da Palavra de Deus, a importância de ligar a fé com a vida, perceber e respeitar as situações dos catequizandos tais (interesses, jeito de viver, idade, cultura...), a preocupação em fazer uma catequese mais comprometida com a comunidade, envolvimento da família, o uso de uma metodologia mais criativa, dinâmica...
O documento Catequese Renovada (26), escrito em 1983, nos faz propostas arrojadas e que ainda estamos por concretizar.
Para muitos catequistas, pais, agentes, padres... a catequese é ainda pensada:
• só para crianças;
• voltada para os sacramentos;
• para a celebração dos sacramentos que muitas vezes é uma formatura, portanto, depois disto é um adeus a todos os compromissos de fé e vida;
• os encontros de catequese são pensados como uma “aula escolar”;
• o encontro catequético é desligado da vida (problemas, exclusões, alegrias, lutas, meios de comunicação...).
A nossa preocupação é que se possa superar uma fé que apenas passa por um texto, ou doutrina, e que, com os nossos catequizandos, se possa fazer uma verdadeira experiência de Deus, vivenciada como processo e encarnada no dia-a-dia, na luta por mais justiça e acolhendo a vida como maior dom de Deus.
Diz o documento que a finalidade da catequese é a “maturidade da Fé, num compromisso pessoal e comunitário de libertação integral” (CR 318).
A maturidade da fé não se faz de um dia para o outro. Ela tem início na família, contínua na comunidade e acompanha a pessoa por toda a vida.
O princípio da interação: “Fé-Vida”
Existem muitos métodos, isto é, muitas maneiras para se chegar a alcançar objetivos.
A catequese usa o princípio metodológico da interação. Na vida de todo dia usamos interações que produzem efeitos benéficos. Veja, por exemplo, o fermento, a água e o trigo ajuntados, misturados, interados, são capazes de produzir um pão capaz de matar a fome.
Na catequese é preciso fazer interagir, isto é, misturar aquilo que é do campo de fé (Bíblia, tradição, liturgia, doutrina, ensinamentos da Igreja...) com tudo aquilo que é do campo da vida (acontecimentos, realidade, situações, aspirações, clamores, fatos alegres e tristes...).
“A interação é relacionamento mútuo e eficaz entre a experiência de vida e a formulação da fé, entre a vivência atual e o dado da Tradição” (CR 113). O conteúdo da catequese não é só doutrina, Bíblia, mas também a nossa vida.
Frei Bernardo dizia: O catequista precisa trazer numa mão o jornal e na outra a Palavra de Deus. Precisamos estar em contato com duas fontes: a Bíblia e a realidade humana.
Este método tem por finalidade educar para Ação-Reflexão, assim como fez Jesus, que se preocupou de educar seus discípulos para uma reflexão, partindo da vida (pobres, crianças, doentes, excluídos...).
Como trabalhar um encontro de catequese
Para melhor trabalhar o método de interação usa-se um pocedimento, ou melhor, um itinerário, que favorece o grande objetivo da catequese: “Para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10, 10).
Todo encontro parte da VIDA para chegar a mais VIDA com novos compromissos e novas atitudes...
O itinerário de um encontro, para muitos, é velho ou muito conhecido. Acontece, que existem muitos catequistas iniciantes e precisam estar seguros de como proceder ao realizar algum encontro.
Vejamos agora, parte por parte da dinâmica metodológica de um encontro:
ACOLHIDA, VER, JULGAR, CELEBRAR, AGIR, AVALIAR.
a) Acolhida: é a sala de visita do encontro. Pode ser expressa de muitas formas: gestos, cantos, símbolos, surpresas...
É importante que todo catequizando encontre sempre um ambiente acolhedor, fraterno amigo. Seja reconhecido na sua individualidade, chamando-o pelo nome.
Todo participante que se sente aceito e amado, participará com mais alegria e motivação.
b) Olhar a vida, ou ver a realidade, suscita a capacidade para a sensibilidade, consciência crítica, perceber com o coração e a inteligência aquilo que se passa ao redor.
Não é só olhar a realidade superficialmente, mas possibilitar o aprofundamento de fatos, causas, conseqüências do sistema social, econômico-político e cultural dos problemas.
O olhar a vida é o momento de ver o chão onde vivemos e de preparar o terreno da realidade para depois jogar a semente da Palavra de Deus.
A parte do ver pode ser concretizada através de desenhos, visitas, entrevistas, histórias e fatos contados, notícias, figuras, fitas de vídeo, dramatização...
c) Iluminar a vida com a Palavra (Julgar).
A partir da vida apresentamos a Palavra de Deus. Podemos compará-lo com a luz existente dentro de casa. Ela ilumina todo o ambiente isto é, nos mostra qual a vontade de Deus em relação à vida das pessoas, seus sonhos, necessidades, valores, esperanças...
Fazemos um confronto com as exigências da fé anunciadas por Jesus Cristo, diante da realidade refletida.
Dentro do julgar também colocamos o Aprofundamento da Palavra. Nesta parte aumentamos a luminosidade da casa para poder enxergar melhor.
É a hora que refletimos com o grupo para fazer uma ligação mais aprofundada da Palavra com a vida do dia-a-dia e perceber os apelos que Deus nos faz. Pode-se perguntar: O que a Palavra de Deus diz para a nossa vida? Sobre o que nos chama atenção? O que precisamos mudar? Que apelos a Palavra faz para mim e para nós?
O aprofundamento pode ser feito ainda com encenações, dinâmicas, cantos, símbolos...
d) Celebrar a Fé e a Vida. É um momento muito forte. É como se estivéssemos ao redor de uma mesa com um convidado especial.
O celebrar é como saborear em conjunto na alegria, ou no perdão, algo que nos alimenta porque nos dirigimos, nos aproximamos do convidado especial, que é Deus.
A celebração não deve ficar apenas na oração decorada. Os catequizandos aprenderão a conversar naturalmente com Deus como um amigo íntimo. É importante diversificar a oração usando símbolos, cantos, gestos, salmos, silêncio, frases bíblicas repetidas, relacionando sempre ao tema estudado e com a vida.
A partir das celebrações dos encontros é possível motivar os catequizandos na participação das celebrações, cultos, novenas, grupos de reflexão.
e) Assumir ações práticas. Todo encontro precisa conscientizar que ser cristão não é ficar de braços cruzados, e nem ficar passivo diante da realidade.
Trata-se de encontrar passos concretos de mudança das situações onde a dignidade é ferida, a partir de critérios cristãos.
O agir é transformador e comprometedor. Está ligado à vida e à Palavra de Deus que questionam e exigem a mudança nas pessoas, famílias, comunidade.
Cada catequista necessita provocar o seu grupo para ações práticas. É preciso respeitar cada faixa etária, mas não será impossível fazer algo concreto. Os compromissos podem ser discutidos e assumidos de forma individual ou grupal.
f) Recordar o encontro. Não se trata aqui da aplicação de exercícios para decorar conceitos. O recordar nos leva a ruminar o que foi refletido, aprofundado, trazendo à memória algo essencial para ser fixado. A memorização é necessária sobretudo para conteúdos básicos de nossa fé. Se for aplicada alguma atividade, que esta seja para desenvolver o espírito comunitário de fraternidade, partilha, amizade e ajuda mútua.
Pode-se também pedir a ajuda para a família, sobre questões práticas.
g) Guardar para vida. Este passo dá importância à Bíblia. Precisamos que nossos catequizandos tenham na vida e na fala a Palavra de Deus. A partir do assunto tratado no encontro, podemos usar uma ou duas frases, tiradas dos textos bíblicos usados que dão a síntese do conteúdo, para serem compreendidas e vivenciadas.
As frases poderão ser escritas em papelógrafo ilustradas com desenhos, ou figuras e fixadas em local para serem vistas e memorizadas.
h) Avaliar. A avaliação ajuda a alegrar-se com as descobertas feitas, pelo que aconteceu de bom. É ela também que faz verificar as falhas, corrigir o que não foi bom.
Não podemos ficar somente no que o catequizando “aprendeu”, isto é, se sabe os mandamentos, sacramentos, mas é preciso avaliar as relações interpessoais, a responsabilidade, o comprometimento, o assumir os valores evangélicos como: diálogo, partilha, capacidade de perdoar, atitudes de fraternidade.
A avaliação é um passo precioso de crescimento. Ela faz parte de qualquer encontro.
São muitas as formas de avaliar. Pode-se utilizar dinâmicas, debates, partilha em grupo, individual, ou ainda, os próprios participantes escolhem alguém que no final do encontro poderá dar a sua opinião.
A grande fonte de avaliação é a observação atenta do que ocorre durante o processo catequético. Portanto, a avaliação não é só olhada dentro de quatro paredes, mas envolve a vida toda.
Parece simples preparar um encontro mas, como vemos, exige do(a) catequista dedicação, carinho e aprofundamento para tornar cada encontro, um espaço de crescimento mútuo.
Ao olharmos Jesus com seus apóstolos, veremos que seu método também tinha estes passos. É só verificar algumas passagens, como a dos discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35) ou ainda o encontro com a Samaritana (Jo 4, 1-30) ou Zaqueu (Lc 19, 1-10).
Qualquer ambiente era propício para acolher-ensinar-aprender-conviver. Para Ele a importância estava nas pessoas.
Ir. Marlene Bertoldi
Fonte: www.pime.org.br
Nestes últimos anos tem-se falado em Catequese Renovada e muitos pontos positivos contribuíram para que ela assim fosse chamada. Percebemos que algumas propostas da Catequese Renovada estão muito visíveis: o uso da Palavra de Deus, a importância de ligar a fé com a vida, perceber e respeitar as situações dos catequizandos tais (interesses, jeito de viver, idade, cultura...), a preocupação em fazer uma catequese mais comprometida com a comunidade, envolvimento da família, o uso de uma metodologia mais criativa, dinâmica...
O documento Catequese Renovada (26), escrito em 1983, nos faz propostas arrojadas e que ainda estamos por concretizar.
Para muitos catequistas, pais, agentes, padres... a catequese é ainda pensada:
• só para crianças;
• voltada para os sacramentos;
• para a celebração dos sacramentos que muitas vezes é uma formatura, portanto, depois disto é um adeus a todos os compromissos de fé e vida;
• os encontros de catequese são pensados como uma “aula escolar”;
• o encontro catequético é desligado da vida (problemas, exclusões, alegrias, lutas, meios de comunicação...).
A nossa preocupação é que se possa superar uma fé que apenas passa por um texto, ou doutrina, e que, com os nossos catequizandos, se possa fazer uma verdadeira experiência de Deus, vivenciada como processo e encarnada no dia-a-dia, na luta por mais justiça e acolhendo a vida como maior dom de Deus.
Diz o documento que a finalidade da catequese é a “maturidade da Fé, num compromisso pessoal e comunitário de libertação integral” (CR 318).
A maturidade da fé não se faz de um dia para o outro. Ela tem início na família, contínua na comunidade e acompanha a pessoa por toda a vida.
O princípio da interação: “Fé-Vida”
Existem muitos métodos, isto é, muitas maneiras para se chegar a alcançar objetivos.
A catequese usa o princípio metodológico da interação. Na vida de todo dia usamos interações que produzem efeitos benéficos. Veja, por exemplo, o fermento, a água e o trigo ajuntados, misturados, interados, são capazes de produzir um pão capaz de matar a fome.
Na catequese é preciso fazer interagir, isto é, misturar aquilo que é do campo de fé (Bíblia, tradição, liturgia, doutrina, ensinamentos da Igreja...) com tudo aquilo que é do campo da vida (acontecimentos, realidade, situações, aspirações, clamores, fatos alegres e tristes...).
“A interação é relacionamento mútuo e eficaz entre a experiência de vida e a formulação da fé, entre a vivência atual e o dado da Tradição” (CR 113). O conteúdo da catequese não é só doutrina, Bíblia, mas também a nossa vida.
Frei Bernardo dizia: O catequista precisa trazer numa mão o jornal e na outra a Palavra de Deus. Precisamos estar em contato com duas fontes: a Bíblia e a realidade humana.
Este método tem por finalidade educar para Ação-Reflexão, assim como fez Jesus, que se preocupou de educar seus discípulos para uma reflexão, partindo da vida (pobres, crianças, doentes, excluídos...).
Como trabalhar um encontro de catequese
Para melhor trabalhar o método de interação usa-se um pocedimento, ou melhor, um itinerário, que favorece o grande objetivo da catequese: “Para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10, 10).
Todo encontro parte da VIDA para chegar a mais VIDA com novos compromissos e novas atitudes...
O itinerário de um encontro, para muitos, é velho ou muito conhecido. Acontece, que existem muitos catequistas iniciantes e precisam estar seguros de como proceder ao realizar algum encontro.
Vejamos agora, parte por parte da dinâmica metodológica de um encontro:
ACOLHIDA, VER, JULGAR, CELEBRAR, AGIR, AVALIAR.
a) Acolhida: é a sala de visita do encontro. Pode ser expressa de muitas formas: gestos, cantos, símbolos, surpresas...
É importante que todo catequizando encontre sempre um ambiente acolhedor, fraterno amigo. Seja reconhecido na sua individualidade, chamando-o pelo nome.
Todo participante que se sente aceito e amado, participará com mais alegria e motivação.
b) Olhar a vida, ou ver a realidade, suscita a capacidade para a sensibilidade, consciência crítica, perceber com o coração e a inteligência aquilo que se passa ao redor.
Não é só olhar a realidade superficialmente, mas possibilitar o aprofundamento de fatos, causas, conseqüências do sistema social, econômico-político e cultural dos problemas.
O olhar a vida é o momento de ver o chão onde vivemos e de preparar o terreno da realidade para depois jogar a semente da Palavra de Deus.
A parte do ver pode ser concretizada através de desenhos, visitas, entrevistas, histórias e fatos contados, notícias, figuras, fitas de vídeo, dramatização...
c) Iluminar a vida com a Palavra (Julgar).
A partir da vida apresentamos a Palavra de Deus. Podemos compará-lo com a luz existente dentro de casa. Ela ilumina todo o ambiente isto é, nos mostra qual a vontade de Deus em relação à vida das pessoas, seus sonhos, necessidades, valores, esperanças...
Fazemos um confronto com as exigências da fé anunciadas por Jesus Cristo, diante da realidade refletida.
Dentro do julgar também colocamos o Aprofundamento da Palavra. Nesta parte aumentamos a luminosidade da casa para poder enxergar melhor.
É a hora que refletimos com o grupo para fazer uma ligação mais aprofundada da Palavra com a vida do dia-a-dia e perceber os apelos que Deus nos faz. Pode-se perguntar: O que a Palavra de Deus diz para a nossa vida? Sobre o que nos chama atenção? O que precisamos mudar? Que apelos a Palavra faz para mim e para nós?
O aprofundamento pode ser feito ainda com encenações, dinâmicas, cantos, símbolos...
d) Celebrar a Fé e a Vida. É um momento muito forte. É como se estivéssemos ao redor de uma mesa com um convidado especial.
O celebrar é como saborear em conjunto na alegria, ou no perdão, algo que nos alimenta porque nos dirigimos, nos aproximamos do convidado especial, que é Deus.
A celebração não deve ficar apenas na oração decorada. Os catequizandos aprenderão a conversar naturalmente com Deus como um amigo íntimo. É importante diversificar a oração usando símbolos, cantos, gestos, salmos, silêncio, frases bíblicas repetidas, relacionando sempre ao tema estudado e com a vida.
A partir das celebrações dos encontros é possível motivar os catequizandos na participação das celebrações, cultos, novenas, grupos de reflexão.
e) Assumir ações práticas. Todo encontro precisa conscientizar que ser cristão não é ficar de braços cruzados, e nem ficar passivo diante da realidade.
Trata-se de encontrar passos concretos de mudança das situações onde a dignidade é ferida, a partir de critérios cristãos.
O agir é transformador e comprometedor. Está ligado à vida e à Palavra de Deus que questionam e exigem a mudança nas pessoas, famílias, comunidade.
Cada catequista necessita provocar o seu grupo para ações práticas. É preciso respeitar cada faixa etária, mas não será impossível fazer algo concreto. Os compromissos podem ser discutidos e assumidos de forma individual ou grupal.
f) Recordar o encontro. Não se trata aqui da aplicação de exercícios para decorar conceitos. O recordar nos leva a ruminar o que foi refletido, aprofundado, trazendo à memória algo essencial para ser fixado. A memorização é necessária sobretudo para conteúdos básicos de nossa fé. Se for aplicada alguma atividade, que esta seja para desenvolver o espírito comunitário de fraternidade, partilha, amizade e ajuda mútua.
Pode-se também pedir a ajuda para a família, sobre questões práticas.
g) Guardar para vida. Este passo dá importância à Bíblia. Precisamos que nossos catequizandos tenham na vida e na fala a Palavra de Deus. A partir do assunto tratado no encontro, podemos usar uma ou duas frases, tiradas dos textos bíblicos usados que dão a síntese do conteúdo, para serem compreendidas e vivenciadas.
As frases poderão ser escritas em papelógrafo ilustradas com desenhos, ou figuras e fixadas em local para serem vistas e memorizadas.
h) Avaliar. A avaliação ajuda a alegrar-se com as descobertas feitas, pelo que aconteceu de bom. É ela também que faz verificar as falhas, corrigir o que não foi bom.
Não podemos ficar somente no que o catequizando “aprendeu”, isto é, se sabe os mandamentos, sacramentos, mas é preciso avaliar as relações interpessoais, a responsabilidade, o comprometimento, o assumir os valores evangélicos como: diálogo, partilha, capacidade de perdoar, atitudes de fraternidade.
A avaliação é um passo precioso de crescimento. Ela faz parte de qualquer encontro.
São muitas as formas de avaliar. Pode-se utilizar dinâmicas, debates, partilha em grupo, individual, ou ainda, os próprios participantes escolhem alguém que no final do encontro poderá dar a sua opinião.
A grande fonte de avaliação é a observação atenta do que ocorre durante o processo catequético. Portanto, a avaliação não é só olhada dentro de quatro paredes, mas envolve a vida toda.
Parece simples preparar um encontro mas, como vemos, exige do(a) catequista dedicação, carinho e aprofundamento para tornar cada encontro, um espaço de crescimento mútuo.
Ao olharmos Jesus com seus apóstolos, veremos que seu método também tinha estes passos. É só verificar algumas passagens, como a dos discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35) ou ainda o encontro com a Samaritana (Jo 4, 1-30) ou Zaqueu (Lc 19, 1-10).
Qualquer ambiente era propício para acolher-ensinar-aprender-conviver. Para Ele a importância estava nas pessoas.
Ir. Marlene Bertoldi
Fonte: www.pime.org.br
Adão e Eva
Deus criou um jardim chamado Éden, e no meio deste jardim, ficava a árvore da vida e também a árvore do conhecimento do bem e do mal. Então, Deus pôs o homem no jardim do Éden, para cuidar dele e nele fazer plantações. E o SENHOR deu ao homem a seguinte ordem: Você pode comer as frutas de qualquer árvore do jardim, menos da árvore que dá o conhecimento do bem e do mal. Não coma a fruta dessa árvore; pois, no dia em que você a comer, certamente morrerá. Um dia, a serpente apareceu e começou a conversar com Eva. Ela perguntou à mulher: – É verdade que Deus mandou que vocês não comessem as frutas de nenhuma árvore do jardim? A mulher respondeu: – Podemos comer as frutas de qualquer árvore, menos a fruta da árvore que fica no meio do jardim. Deus nos disse que não devemos comer dessa fruta, nem tocar nela. Se fizermos isso, morreremos. Mas a serpente afirmou: – Vocês não morrerão coisa nenhuma! Deus disse isso porque sabe que, quando vocês comerem a fruta dessa árvore, os seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus, conhecendo o bem e o mal A mulher viu que a árvore era bonita e que as suas frutas eram boas de comer. E ela pensou como seria bom ter entendimento. Aí apanhou uma fruta e comeu; e deu ao seu marido, e ele também comeu. Nesse momento os olhos dos dois se abriram, e eles perceberam que estavam nus. Então costuraram umas folhas de figueira para usar como roupas. Naquele dia, quando soprava o vento suave da tarde, o homem e a sua mulher ouviram a voz do SENHOR Deus, que estava passeando pelo jardim. Então se esconderam dele, no meio das árvores. Mas o SENHOR Deus chamou o homem e perguntou: – Onde é que você está? O homem respondeu: – Eu ouvi a tua voz, quando estavas passeando pelo jardim, e fiquei com medo porque estava nu. Por isso me escondi. Aí Deus perguntou: – E quem foi que lhe disse que você estava nu? Por acaso você comeu a fruta da árvore que eu o proibi de comer? O homem disse: – A mulher que me deste para ser a minha companheira me deu a fruta, e eu comi. Então o SENHOR Deus perguntou à mulher: – Por que você fez isso? A mulher respondeu: – A serpente me enganou, e eu comi. Então o SENHOR Deus disse à serpente: – Por causa do que você fez você será castigada. Entre todos os animais só você receberá esta maldição: de hoje em diante você vai andar se arrastando pelo chão e vai comer o pó da terra. Para a mulher Deus disse: – Vou aumentar o seu sofrimento na gravidez, e com muita dor você dará à luz filhos. Apesar disso, você terá desejo de estar com o seu marido, e ele a dominará. E para Adão Deus disse o seguinte: – Você fez o que a sua mulher disse e comeu a fruta da árvore que eu o proibi de comer. Por causa do que você fez a terra será maldita. Você terá de trabalhar duramente a vida inteira a fim de que a terra produza alimento suficiente para você. E o SENHOR Deus fez roupas de peles de animais para Adão e a sua mulher se vestirem. Por isso o SENHOR Deus expulsou o homem do jardim do Éden e fez com que ele cultivasse a terra da qual havia sido formado.
Campanha da Fraternidade 2014 na catequese!
Atividades sobre a Campanha da Fraternidade 2014
No dia 5 de março, em todas as paróquias do Brasil vai ser lançada a Campanha da Fraternidade com o tema 'Fraternidade e Tráfico Humano'. Entre os objetivos está o de conscientizar a sociedade sobre a insensatez do tráfico de pessoas e sobre a sua realidade. Conforme a CNBB, o problema é difícil de ser enfrentado por causa do preconceito e do medo das vítimas, fazendo com que poucas pessoas denunciem os fatos do tráfico.
O período forte da Campanha da Fraternidade é a quaresma, que inicia na quarta-feira de cinzas e termina na Semana Santa. O convite é a conversão em vista de uma melhor vivência do evangelho. É o que expressamos no momento da imposição das cinzas, quando o ministro diz: “Convertei-vos e crede no Evangelho”!
Pensando em ajudar os catequistas do Brasil com sugestões para enriquecer ainda mais seus encontros na catequese, apresento a vocês algumas ideias de atividades que criei com muito carinho.
Confira:
O catequista poderá desenvolver as atividades acima de acordo com a realidade da turma.
Quando elaboro as atividades tenho o cuidado de pensar nas crianças menores, as de 6 anos por exemplo, pois ainda não sabem escrever e o catequista deve trabalhar com elas através da oralidade e do visual (imagens, fotos, gravuras etc). Uma ideia bacana para esta idade, são histórias. O catequista poderá criar alguns fantoches e contar uma história, ou reunir com os outros catequistas e apresentar um teatro, ou criar a sugestão da TV que passei na postagem anterior e contar a história do Pinóquio e outras relacionadas ao tema .
Quando elaboro as atividades tenho o cuidado de pensar nas crianças menores, as de 6 anos por exemplo, pois ainda não sabem escrever e o catequista deve trabalhar com elas através da oralidade e do visual (imagens, fotos, gravuras etc). Uma ideia bacana para esta idade, são histórias. O catequista poderá criar alguns fantoches e contar uma história, ou reunir com os outros catequistas e apresentar um teatro, ou criar a sugestão da TV que passei na postagem anterior e contar a história do Pinóquio e outras relacionadas ao tema .
No querido blog, que também trabalha em prol da evangelização, o Amiguinhos de Deus, tem algumas sugestões de desenhos para colorir, veja:
Catequistas, uma sugestão que não pode faltar nos encontros são cartazes com versículos bíblicos que leva os catequizandos a refletir o tema da Campanha da Fraternidade. Veja alguns: Gálatas 5,1 (o lema) / João 1.10 / João 4.10 / João 8.32 / Isaías 49.15 / Isaías 54.10 / Isaías 66.13 / Isaías 1.16 - 18 / Mateus 6.24 / Gálatas 5.22-23 / João 15. 9-11 etc.
Sempre faço um cartaz com essas passagens bíblicas e no início do encontro lemos e refletimos a mensagem de cada versículo.
Amigos catequistas, por hoje é só!
Reze uma Ave Maria por mim e até a próxima.
Fonte: Blog Catequese com Crianças.quarta-feira, 26 de março de 2014
Caim e Abel
-Objetivo: contar a história dos filhos de Adão e Eva. Falar da inveja que é um sentimento ruim. Falar que devemos ofertar a Deus tudo o que temos de melhor.
-Gn 4, 1-16
-Colocação do tema
O que Caim e Abel fizeram? (ouvir as respostas) – Ofertas para Deus.
Abel dedicou ao Senhor sua melhor oferta, enquanto Caim não agiu da mesma forma, o que desagradou e muito a Deus.
Por inveja, Caim matou Abel e escolheu permitir que o pecado entrasse em seu coração.
Quais os sentimentos e pensamentos que estavam por detrás das atitudes de Caim? (Ouça as respostas) – Fúria, ódio, inveja.
Caim lutou contra o pecado? (ouvir as respostas)... – Não! Ele não foi humilde, mas orgulhoso... Na verdade Caim permitiu que o pecado tomasse conta de todo o seu coração.
Nós sabemos que o pecado anda rosnando (como um cachorro) na porta do nosso coração. Sabemos também que Deus quer possuir nosso coração, então precisamos mantê-lo afastado do pecado. Vamos analisar as atitudes de Caim... E ver o que acontece quando não afastamos o nosso coração do pecado.
Qual era o trabalho de Abel? (Ouvir as respostas) - pastor de ovelhas
Qual era o trabalho de Caim? (Ouvir as respostas) - Agricultor
O que os dois irmãos levaram para Deus? (ouvir as respostas) - Uma oferta.
Nós podemos aprender com eles observando as ofertas que cada um dedicou a Deus.
Abel levou para Deus uma oferta que O agradou, pois gastou tempo analisando qual a melhor oferta que poderia dedicar ao Senhor. Na Bíblia diz que ele agradou a Deus. Quando Abel entregou sua oferta, ele estava demonstrando o desejo real de estabelecer um perfeito relacionamento com Deus, tornando-O dono de seu coração.
Abel desejava verdadeiramente não dividir seu coração, então tentou fechar a sua porta para o pecado , entregando-o integralmente a Deus.
Abel tentou honrar e agradar a Deus do fundo do seu coração, então não teve um coração dividido. Isto é tudo que Deus quer de nós.
A Bíblia não diz que Abel nunca pecou... Só Jesus e Maria não pecaram. Abel tentou firmemente permitir que Deus fosse sempre o dono do seu coração.
Quando Caim levou a oferta dele. o Senhor não ficou feliz com a oferta de Caim porque ele a deu de forma relaxada e descuidada.
Caim não pensou muito sobre sua oferta para Deus e apenas jogou alguma coisa no cesto.
Então o primeiro pecado que Caim cometeu foi não ter honrado a Deus, ofertando o pior e sem alegria.
Então Deus chamou Caim e lhe deu uma oportunidade de se acertar , Ele sabia que Caim estava sendo tentado para fazer coisas ruins com seu irmão e o preveniu sobre o pecado que estava batendo na porta do seu coração.
Mas o rosto de Caim logo mudou, ele ficou com raiva, seu coração ficou irado, e não respondeu e nem ouviu o que DEUS estava tentando lhe dizer.
Caim deveria ter dito “me perdoe, meu Senhor e meu Deus, pelo meu descaso, eu deveria ter pensado mais sobre Sua oferta. Vou lhe trazer uma nova que O agrade. Perdoe-me!” Se ele tivesse feito isso, estaria fechando a porta do seu coração para o pecado.
Caim,no entanto, não quis saber de ouvir o que Deus estava tentando preveni-lo e terminou matando seu irmão Abel. Pecou novamente e gravemente
E então os pecados que ele cometeu e dos quais não se arrependeu... Foram empurrando Deus para fora do seu coração.
Deus perguntou então à Caim : “Onde está o teu irmão?”. Como foi que Caim respondeu? Ele falou a verdade ou mentiu? (ouvir as respostas) - Ele mentiu.
Novamente Caim escolheu abrir a porta do seu coração para o pecado e mentiu para Deus.
Como Deus nos dá liberdade, então Ele permitiu que Caim fizesse a sua escolha. Caim simplesmente escolheu o pecado fazendo com que seu coração se dividisse, o coração de Caim não mais pertencia a Deus e o pecado tomou conta do seu coração.
Deus o tinha prevenido a cada passo errado que ele escolhia dar, mas Caim não ouviu.
Deus é justo, e Caim sofreu todas as conseqüências do pecado, ele perdeu tudo.
Deus o ama muito, mas quando você peca, Ele não é mais o dono do seu coração! É como se você mesmo Lhe dissesse: “Não quero que tomes conta do meu coração”, mas se você se arrepende de ter pecado e quer que Deus volte a ser dono do seu coração, lembre-se que um dia Alguém maravilhoso que é Jesus, tomou sobre Si os nossos pecados, Ele carregou paciente e amorosamente a cruz dos nossos pecados, das nossas desobediências a Deus, Jesus aceitou por amor a Deus Pai e por amor a nós, morrer pregado numa Cruz, para nos devolver a amizade perdida com o Bom Deus, de tal maneira que podemos nos voltar a Deus e permitir que Ele seja novamente o dono do nosso coração, basta além do arrependimento de ter pecado e o propósito de não mais pecar, procurar um Sacerdote da Igreja Católica Apostólica Romana, que é nossa Igreja, e confessar os meus pecados, não o dos outros, mas os meus pecados, pois foi ao Sacerdote que Deus deu poder “autoridade” para absolver (perdoar) os pecados em Nome DELE. Só assim limpamos toda sujeira e deixamos nosso coração quentinho e aconchegante para que Deus não só seja o dono do nosso coração, mas também venha habitar nele.
-Gn 4, 1-16
-Colocação do tema
O que Caim e Abel fizeram? (ouvir as respostas) – Ofertas para Deus.
Abel dedicou ao Senhor sua melhor oferta, enquanto Caim não agiu da mesma forma, o que desagradou e muito a Deus.
Por inveja, Caim matou Abel e escolheu permitir que o pecado entrasse em seu coração.
Quais os sentimentos e pensamentos que estavam por detrás das atitudes de Caim? (Ouça as respostas) – Fúria, ódio, inveja.
Caim lutou contra o pecado? (ouvir as respostas)... – Não! Ele não foi humilde, mas orgulhoso... Na verdade Caim permitiu que o pecado tomasse conta de todo o seu coração.
Nós sabemos que o pecado anda rosnando (como um cachorro) na porta do nosso coração. Sabemos também que Deus quer possuir nosso coração, então precisamos mantê-lo afastado do pecado. Vamos analisar as atitudes de Caim... E ver o que acontece quando não afastamos o nosso coração do pecado.
Qual era o trabalho de Abel? (Ouvir as respostas) - pastor de ovelhas
Qual era o trabalho de Caim? (Ouvir as respostas) - Agricultor
O que os dois irmãos levaram para Deus? (ouvir as respostas) - Uma oferta.
Nós podemos aprender com eles observando as ofertas que cada um dedicou a Deus.
Abel levou para Deus uma oferta que O agradou, pois gastou tempo analisando qual a melhor oferta que poderia dedicar ao Senhor. Na Bíblia diz que ele agradou a Deus. Quando Abel entregou sua oferta, ele estava demonstrando o desejo real de estabelecer um perfeito relacionamento com Deus, tornando-O dono de seu coração.
Abel desejava verdadeiramente não dividir seu coração, então tentou fechar a sua porta para o pecado , entregando-o integralmente a Deus.
Abel tentou honrar e agradar a Deus do fundo do seu coração, então não teve um coração dividido. Isto é tudo que Deus quer de nós.
A Bíblia não diz que Abel nunca pecou... Só Jesus e Maria não pecaram. Abel tentou firmemente permitir que Deus fosse sempre o dono do seu coração.
Quando Caim levou a oferta dele. o Senhor não ficou feliz com a oferta de Caim porque ele a deu de forma relaxada e descuidada.
Caim não pensou muito sobre sua oferta para Deus e apenas jogou alguma coisa no cesto.
Então o primeiro pecado que Caim cometeu foi não ter honrado a Deus, ofertando o pior e sem alegria.
Então Deus chamou Caim e lhe deu uma oportunidade de se acertar , Ele sabia que Caim estava sendo tentado para fazer coisas ruins com seu irmão e o preveniu sobre o pecado que estava batendo na porta do seu coração.
Mas o rosto de Caim logo mudou, ele ficou com raiva, seu coração ficou irado, e não respondeu e nem ouviu o que DEUS estava tentando lhe dizer.
Caim deveria ter dito “me perdoe, meu Senhor e meu Deus, pelo meu descaso, eu deveria ter pensado mais sobre Sua oferta. Vou lhe trazer uma nova que O agrade. Perdoe-me!” Se ele tivesse feito isso, estaria fechando a porta do seu coração para o pecado.
Caim,no entanto, não quis saber de ouvir o que Deus estava tentando preveni-lo e terminou matando seu irmão Abel. Pecou novamente e gravemente
E então os pecados que ele cometeu e dos quais não se arrependeu... Foram empurrando Deus para fora do seu coração.
Deus perguntou então à Caim : “Onde está o teu irmão?”. Como foi que Caim respondeu? Ele falou a verdade ou mentiu? (ouvir as respostas) - Ele mentiu.
Novamente Caim escolheu abrir a porta do seu coração para o pecado e mentiu para Deus.
Como Deus nos dá liberdade, então Ele permitiu que Caim fizesse a sua escolha. Caim simplesmente escolheu o pecado fazendo com que seu coração se dividisse, o coração de Caim não mais pertencia a Deus e o pecado tomou conta do seu coração.
Deus o tinha prevenido a cada passo errado que ele escolhia dar, mas Caim não ouviu.
Deus é justo, e Caim sofreu todas as conseqüências do pecado, ele perdeu tudo.
Deus o ama muito, mas quando você peca, Ele não é mais o dono do seu coração! É como se você mesmo Lhe dissesse: “Não quero que tomes conta do meu coração”, mas se você se arrepende de ter pecado e quer que Deus volte a ser dono do seu coração, lembre-se que um dia Alguém maravilhoso que é Jesus, tomou sobre Si os nossos pecados, Ele carregou paciente e amorosamente a cruz dos nossos pecados, das nossas desobediências a Deus, Jesus aceitou por amor a Deus Pai e por amor a nós, morrer pregado numa Cruz, para nos devolver a amizade perdida com o Bom Deus, de tal maneira que podemos nos voltar a Deus e permitir que Ele seja novamente o dono do nosso coração, basta além do arrependimento de ter pecado e o propósito de não mais pecar, procurar um Sacerdote da Igreja Católica Apostólica Romana, que é nossa Igreja, e confessar os meus pecados, não o dos outros, mas os meus pecados, pois foi ao Sacerdote que Deus deu poder “autoridade” para absolver (perdoar) os pecados em Nome DELE. Só assim limpamos toda sujeira e deixamos nosso coração quentinho e aconchegante para que Deus não só seja o dono do nosso coração, mas também venha habitar nele.
Sugestão de atividades:
-Desenhos para colorir.
-Reunir as crianças em fila e quando você falar Caim elas devem abaixar e quando você dizer Abel elas levantam.
-Desenhar dois corações, em um coração as crianças falarão e você escreverá coisas que desagradem a Deus e no outro elas dirão coisas que agradam a Deus.
-Desenhar dois corações, em um coração as crianças falarão e você escreverá coisas que desagradem a Deus e no outro elas dirão coisas que agradam a Deus.
Oração
"Amado Bom Deus, obrigado por me amar tanto e estar sempre querendo permanecer junto comigo. Por favor, me ajude a manter a porta do meu coração fechada para o pecado e a permitir que o Senhor tome conta de todas as partes do meu coração.
Amém!"
terça-feira, 25 de março de 2014
Liturgia Sacramental
Catequistas, aqui vai uma otima formação sobre os Sacramentos da Igreja, vele a pena da uma lida e absorver o maximo desta catequese feita por Dom Henrique Soares da Costa.
Um forte abraço,
Matheus Pinto.
*************************************************************************
O Batismo
- Pelo Batismo somos regenerados pelo Espírito do Cristo para uma vida nova, recebemos o perdão dos pecados, no Filho Jesus somos feitos filhos de Deus Pai e participantes da natureza divina. Participando da morte e ressurreição do Senhor Jesus, somos incorporados a ele, tornando-nos membros do seu Corpo, que é a Igreja. No Batismo o Espírito do Ressuscitado vem habitar em nós (e com ele, o Pai e o Filho): tornamo-nos templo da Trindade.
Tornamo-nos também membros do povo sacerdotal, participando do único sacerdócio de Cristo.
-Características:
* ministro: ordinariamente um ministro ordenado; extraordinariamente, qualquer pessoa, batizada ou não, desde que deseje fazer o que a Igreja faz.
* elementos essenciais: a água e a fórmula «Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo».
* outros elementos: o óleo dos catecúmenos (significa a graça de Cristo que penetrará na vida do novo cristão), o óleo do Crisma (significa participação do batizado na unção messiânica de Cristo, ungido com o Espírito Santo), a vela (significa a luz de Cristo, que nos ilumina pela fé), a veste branca (significa a pureza concedida pelo perdão de todos os pecados graças à Páscoa de Cristo).
A Confirmação
- Também chamado «crisma» porque é conferido pela unção com o Santo Crisma. Confere o Espírito Santo como força de Deus para o testemunho do Evangelho, vinculando-nos mais perfeitamente à Cristo e à sua Igreja. Obriga-nos ao testemunho e à difusão da fé, tornando-nos enviados pelo Senhor a anunciar o Evangelho.
-Características:
* ministro: ordinariamente, o Bispo; extraordinariamente, um sacerdote indicado pelo Bispo.
* elementos essenciais: a imposição das mãos e a unção com o óleo do Crisma, acompanhada das palavras: «Recebe por este sinal o Espírito Santo, Dom de Deus».
A Penitência
- Na Igreja Antiga a Penitência era chamada «segundo batismo». Até o século VI era concedida uma só vez na vida e de modo público, numa celebração presidida pelo Bispo, como renovação da graça batismal. Posteriormente, a Igreja permitiu o costume introduzido pelos monges irlandeses da confissão repetida e auricular.
- O Sacramento da Penitência é a atuação da força redentora da Páscoa do Senhor. Por ele, que infunde continuamente o seu Espírito Santo sobre a Igreja, o Pai nos reconcilia consigo, perdoando-nos os pecados.
Isto aparece claramente na fórmula de absolvição: «Deus Pai de misericórdia, que pela morte e ressurreição do seu Filho reconciliou o mundo consigo, e infundiu o Espírito Santo para a remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo».
- Características:
* ministro: o Bispo ou o sacerdote.
* elementos essenciais: o reconhecimento dos pecados, o arrependimento sincero, o desejo de não mais cometê-los, a confissão clara e total dos mesmos, a satisfação (a penitência dada), a absolvição do sacerdote em nome de Deus e da Igreja.
O Matrimônio
- O Matrimônio é um contrato tão antigo quanto a humanidade. Faz parte do plano de Deus, como expressão do amor entre um homem e uma mulher, sinal do próprio amor de Deus.
Entre batizados, Cristo Senhor quis elevar esse contrato à dignidade de sacramento, de sinal eficaz do seu amor: Cristo é o Esposo da Igreja, que é sua Esposa:
* «Quem tem o esposo é a esposa; mas o amigo do esposo, que está presente e o ouve, é tomado de alegria à voz do esposo. Essa é a minha alegria e ela é completa» (Jo 3,29).
* «Por acaso podem os amigos do noivo estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo lhes será tirado...» (Mt 9,15).
* «Vós, maridos, amai vossas mulheres como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, a fim de purificá-la com o banho da água e santificá-la pela Palavra... Assim também os maridos devem amar as próprias mulheres, com o seus próprios corpos. Quem ama sua mulher ama-se a si mesmo, pois ninguém jamais quis mal à sua própria carne, antes alimenta-a e dela cuida , como também faz Cristo com a Igreja, porque somos membros do seu Corpo. Por isso deixará o homem o seu pai e a sua mãe e se ligará à sua mulher, e serão ambos uma só carne. É grande este mistério (sacramentum): refiro-me à relação entre Cristo e a sua Igreja» (Ef 5,21-33).
- Assim, pelo sacramento do Matrimônio, Cristo Senhor, infunde o seu Espírito de amor sobre o amor humano, de modo que este passe a significar o amor esponsal entre Cristo e sua Igreja.
- Características:
* ministro: os cônjuges, que administram um ao outro o sacramento.
* elementos essenciais: a firme convicção de indissolubilidade, monogaminidade e fecundidade da relação matrimonial.
* importante para a validade: a Bênção e testemunho de um ministro autorizado pela Igreja: Bispo, sacerdote, diácono ou, extraordinariamente, um leigo.
* o matrimônio é realizado através do consentimento de ambos: «Eu te recebo... e te prometo ser fiel, amar-te e respeitar-te... todos os dias da nossa vida».
* a aliança recorda o amor de aliança entre Deus e seu povo, entre Cristo e sua Igreja, entre marido e mulher.
A Ordem
- É o Sacramento pelo qual um batizado, membro do Povo sacerdotal, recebe do Espírito do Senhor ressuscitado que o configura a Cristo Cabeça e Esposo da Igreja para a edificação do Corpo de Cristo e a glória de Deus Pai. Aquele que é ordenado é configurado a Cristo Mestre, Sacerdote e Pastor da sua Igreja, tendo o múnus de ensinar, santificar e governar o Povo de Deus.
Este sacramento, sendo um só, é participado de três modos diversos, conforme o grau:
- primeiro grau é o Episcopado: recebendo o sacramento, o ordenado entra no Colégio Episcopal que sucede ao Colégio Apostólico. O Bispo é sucessor dos Apóstolos. Torna-se, na sua Igreja particular, vigário de Cristo Pastor, Mestre e Santificador. Ele deve amar a Igreja como Cristo a ama: como sua Esposa. O anel episcopal recorda precisamente isto.
- segundo grau é o Presbiterato: o que recebe este grau do Sacramento da Ordem é configurado a Cristo Mestre, Santificador e Pastor do seu Povo como cooperador da Ordem episcopal. O Presbítero é subordinado ao Bispo e, pelo Sacramento, faz parte do Presbitério da Igreja local.
- terceiro grau é o Diaconato. Quem recebe este grau não é sacerdote. É ordenado para o serviço do Altar e da caridade. Os diáconos são cooperadores do Bispo e, por determinação sua, dos presbíteros.
- Características:
* ministro: o Bispo. Para a ordenação episcopal, ao menos três bispos.
* quem pode ser ordenado: qualquer batizado do sexo masculino. É doutrina definitiva e vinculante da Igreja católica que o sacramento da Ordem, por vontade de Cristo e Tradição apostólica, não pode ser conferido às mulheres.
* elementos essenciais: a imposição das mãos e a oração consacratória.
* outros elementos: a unção com o óleo (nas mãos, para o padre; na cabeça, para o bispo), a entrega dos instrumentos (a Escritura Sagrada, para o diácono; o cálice com vinho e a patena com o pão, para o padre; o báculo, o anel e a mitra, para o bispo).
A Unção dos Enfermos
- Por este Sacramento o cristão que atravesse um momento de prova física, ou por doença, ou por idade avançada, recebe de Cristo a força do Espírito Santo para que possa viver seu momento de dor unido à Cruz do Senhor pelo bem do seu Corpo, que é a Igreja. O cristão faz, assim, da sua dor, um modo fecundíssimo de participar da Páscoa do Senhor Jesus.
- Características:
* ministro: o Bispo ou um sacerdote
* elementos essenciais: a unção com o óleo dos enfermos e a oração da Igreja
* outros elementos: é recomendável que quem recebe este Sacramento receba também o Sacramento da Penitência e a Comunhão eucarística - se o estado do enfermo for grave deverá recebê-lo em forma de viático (ou seja, a comunhão é levada em casa).
Conclusão
- Pelos sacramentos os cristãos participam sempre do mistério da morte e ressurreição de Cristo, da sua Páscoa... em cada sacramento sob um aspecto diferente:
- pelo Batismo é configurado à Cristo morto e ressuscitado, nascendo para uma vida nova pela potência do Espírito;
- pela Confirmação recebe a força Espírito do Ressuscitado para testemunhá-lo no seu mistério pascal;
- pela Penitência morre para o pecado e renasce para a vida da graça, experimentando os efeitos redentores da Páscoa do Senhor;
- pelo Matrimônio testemunha o amor pascal que Cristo, na morte e ressurreição, manifestou à sua Igreja;
- pela Ordem é configurado a Cristo Esposo e Cabeça da Igreja, que a ela se entregou na Cruz e a vivifica pela sua ressurreição;
- pelo Unção dos Enfermos recebe a graça de participar do sofrimento pascal do Senhor.
- Assim, o cristão participa da oferta pascal que Cristo apresentou ao Pai como sacerdote na Nova Aliança. Em outras palavras: cada vez que o cristão recebe um sacramento participa do exercício do sacerdócio de Cristo Jesus, no Espírito Santo, para a glória do Pai.
- OBS.: Para uma catequese completa sobre os Sacramentos é indispensável ler o Catecismo da Igreja Católica nn. 1210-1690.
3 - A Eucaristia
Visão geral
- O Sacramento da Eucaristia é o sacramento por excelência. A palavra eucaristia significa «ação de graças». Na celebração eucarística os cristãos fazem memorial da Páscoa de Cristo Jesus, tornando presente o mistério da entrega que Cristo fez de si ao Pai para a salvação do mundo inteiro através da sua paixão, morte, ressurreição, ascensão ao céu e do dom do Espírito Santo.
Assim, cada vez que se celebra a Eucaristia torna-se presente a nossa salvação. Nesta santa celebração a Igreja apresenta ao Pai a Páscoa do Filho, tornada presente pela força do Espírito Santo. Ponto alto da celebração são o momento da epíclese (invocação do Espírito para transformar as espécies no corpo e sangue de Cristo) e da anámnese (recordação da entrega que Cristo fez na Última Ceia, transformando o pão no seu Corpo e o vinho com água no seu Sangue).
- Recebendo o Corpo do Cristo ressuscitado, pleno do Espírito Santo, nós somos divinizados, santificados, tornamo-nos, no Espírito Santo, uma só coisa com o Senhor Jesus e, nele, uma só coisa uns com os outros. É por isso que pode-se dizer que a Eucaristia faz a Igreja.
- Na Eucaristia o Senhor está presente na sua Palavra, no Celebrante, na Assembléia, mas, sobretudo nas espécies do pão e do vinho.
- A Eucaristia é a mais intensa ação de Cristo que, por nós e conosco agradece, louva, suplica, pede perdão ao Pai na potência do Espírito Santo.
- A Eucaristia é também fonte da atividade missionária da Igreja, pois celebrando a Páscoa do Senhor, escutando a sua Palavra e alimentados com o Pão eucarístico, somos impelidos a anunciá-lo até que ele venha.
História e estrutura da Eucaristia
- No início a Eucaristia era celebrada pelas casas e chamava-se «fração do pão». Primeiro fazia-se uma refeição em comum chamada «ágape». Rezava-se e lia-se um texto do AT; o presidente fazia uma homilia. No final, o presidente da celebração pronunciava a bênção de ação de graças (eucaristia) sobre o pão e o vinho em memorial do que o Senhor fez. Tal modo de celebrar desapareceu cedo devido aos abusos: uns iam só para comer, enquanto outros passavam fome (cf. 1Cor 11,17-34).
- Ainda no final da época apostólica já aparecia claramente na celebração eucarística as duas parte essenciais: a Liturgia da Palavra, na qual se recordava as maravilhas de Deus, cumpridas na missão e na Páscoa de Cristo e a Liturgia Eucarística, na qual tudo quanto foi anunciado tornava-se presente ao tornar-se presente a Páscoa do Senhor no pão e no vinho. Lc 24,13-35 é um exemplo disso: esta passagem é uma catequese sobre a Eucaristia: os discípulos tristes no caminho escutam a Palavra do Senhor que lhes explica as Escrituras a seu respeito; depois partem o pão. E na Palavra e no Pão partido reconhecem o Senhor!
- Devido a esse gesto de «dar graças» a celebração vai cada vez mais sendo chamada Eucaristia. No fim da era apostólica, com o início das perseguições e o aumento do número de cristãos, celebrava-se a Eucaristia na madrugada do Domingo (dies Domini = dia do Senhor). Na noite do sábado para o domingo os cristãos se reuniam. Cantava-se, liam-se textos da Escritura (AT) e as memórias dos Apóstolos (NT). Entre uma leitura e outra, aquele que presidia explicava os textos sagrados, relacionando tudo com Cristo. Quando o sol começava a despontar, aquele que presidia pronunciava a eucaristia (=a ação de graças) sobre o pão e o vinho. Depois todos comungavam e os diáconos levavam as espécies consagradas aos que não puderam participar. As pessoas traziam também donativos para os pobres; estes donativos eram recebidos pelo que presidia e entregue aos diáconos, que os distribuíam.
Em Roma, a Eucaristia era celebrada nas catacumbas, pois os pagãos tinham medo de entrar aí pela noite. Em geral celebrava-se sobre o túmulo de um mártir, pois este, derramando seu sangue, uniu-se ao sacrifício de Cristo, tornando-se uma eucaristia viva. Daí vem o costume de colocar sempre dentro do altar relíquias de mártires ou de outros santos.
- Com a liberdade da Igreja, a Eucaristia começou a ser celebrada nos templos e passou a ter uma maior solenidade: o presidente agora usava paramentos e as palavras a serem pronunciadas passaram a ser fixadas no missal. Na Idade Média começou-se a chamar a Eucaristia de Missa. Esta palavra vem do latim missio, que significa missão; ou seja, celebrar a Eucaristia é cumprir a missão que o Senhor nos confiou até que ele volte e, ao mesmo tempo, anunciá-lo ao mundo.
Características
- Ministro: o Bispo e os presbíteros. Não existe ministro extraordinário da Eucaristia! Existem, sim, ministros extraordinários da comunhão eucarística! Estes podem exercer seu ministério somente na sua Paróquia quando convidado pelo padre.
- Elementos essenciais: o pão sem fermento, o vinho e a água.
- Sendo de origem apostólica, a estrutura da Eucaristia não pode ser mudada nem mesmo pela Igreja: tem de ter a liturgia da Palavra e a liturgia eucarística.
- Também tem de haver a comunhão, ao menos do presidente. Participar da Eucaristia sem comungar é algo extremamente aberrante... mais que ir a um banquete e não participar da refeição!
Características atuais da Celebração eucarística
- ESTRUTURA
I - LITURGIA DA PALAVRA » acolhida» ato penitencial
» glória
» coleta
» I leitura
» salmo
» II leitura
» aleluia
» evangelho
» homilia
» credo
» oração dos fiéis
» glória
» coleta
» I leitura
» salmo
» II leitura
» aleluia
» evangelho
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4 - Como preparar a celebração eucarística
O local da celebração
- Sendo a Eucaristia ação sagrada por excelência, não deve ser celebrada em qualquer local. O ambiente normal da celebração é o templo. Somente extraordinariamente pode ser celebrada fora da igreja e, nas residências, somente com licença expressa do Bispo.
- O ambiente da Eucaristia deve:
* ser digno: limpo, bem conservado, iluminado, ornamentado com bom gosto e simplicidade;
* ter um altar coberto com uma toalha sempre de cor branca. Não se deve usar uma mesa qualquer para a Eucaristia! A toalha deve ser, sempre que possível, de linho e de forma retangular. No altar devem-se colocar sempre duas velas e, nele ou a seu lado esquerdo, um crucifixo. Caso se coloquem flores, devem ser poucas e discretas, de modo a não tomarem a frente das oferendas. No altar deve também estar o missal, aí colocado depois que o padre o tiver marcado na sacristia.
* ter sempre uma estante (ambão) para a leitura da Palavra de Deus no lado direito do altar. Assim como é indispensável a mesa do Pão eucarístico, é também indispensável a mesa do Pão da Palavra! Do ambão são feitas as leituras e o salmo (que faz parte da liturgia Palavra e não pode ser modificado ou substituído por um canto de meditação), a proclamação do Evangelho e a oração dos fiéis. Na estante deve estar o lecionário (livro de leituras). Nunca se deve fazer as leituras da missa pelo jornalzinho. Também não é correto fazê-la na Bíblia. O comentarista não deve fazer os comentários no ambão...
* ser preparada do lado direito uma mesinha (credência) coberta de branco. Na credência devem estar:
= o cálice com o sanguinho (o pano que serve de guardanapo),
= a patena (de preferência funda) com a hóstia grande e uma porção de partículas,
= o corporal (pano grande e quadrado, dobrado, que é forrado sobre o altar),
= a pala (pequeno quadrado forrado de branco para cobrir c cálice),
= se necessário, uma âmbula (cálice tampado com as demais partículas que serão consagradas. Também é chamada de cibório),
= as galhetas com vinho e água,
= uma pequena bacia com um jarro com água para o padre lavar as mãos,
= o manustégio (uma toalha para enxugá-las).
* ser preparada uma cadeira digna para o Presidente da celebração. Essa cadeira nunca deve ficar na frente do altar, mas atrás ou a seu lado. A cadeira não deve ter forma de poltrona ou de torno. Os banquinhos para os acólitos não deveriam estar ao lado da cadeira do presidente, mas no canto, para não dar a impressão que estes estão concelebrando canto.
* ser reservado um local para os cantores.
Os participantes da celebração
- Participa da Eucaristia todo fiel batizado. Um não batizado pode assistir, jamais participar, pois não faz parte do Corpo sacerdotal de Cristo.
O sacerdote torna presente Cristo Cabeça; os fiéis são o Corpo sacerdotal do Senhor. Padre e fiéis tornam presentes sacramentalmente o Cristo Total no seu ofício sacerdotal.
- Na celebração cada um tem seu ofício. A regra mestra para participar é esta: cada um faça tudo e somente e que lhe compete. Por exemplo: é errado o padre fazer as leituras ou cantar o salmo: isto compete aos leigos; como é completamente errado um leigo fazer a homilia! Um erro muito comum é os leigos dizerem a oração da paz e a doxologia «por Cristo, com Cristo, em Cristo» - isto compete somente ao padre. O missal explica tudo e, por ser celebração de toda a Igreja, ninguém nem grupo particular nenhum, pode modificar o que é determinado pelo missal! Um padre que quisesse celebrar do seu jeito estaria deixando se ser ministro (servo) da Igreja para ser usurpador, fazendo da Santa Missa a sua «missinha» particular. Os fiéis devem rejeitar um tal comportamento!
- O comentarista não deve fazer também a leitura ou salmo.
- Os acólitos que servem na celebração devem estar digna e modestamente vestidos. O correto é estarem sempre de túnica.
O que se canta, o que se comenta
- Os comentários devem ser breves e claros. Podem-se fazê-los: na introdução, antes de cada leitura, antes da apresentação das ofertas, após a oração pós-comunhão. O comentarista nunca deve anunciar o livro a ser lido (é o leitor quem o fará). Nunca se deve dizer capítulo e versículo da leitura a ser feita ou do salmo a ser cantado. Também nunca se diz “palavras do Senhor”, mas “Palavra do Senhor”.
- Quanto aos cânticos: devem ser sempre litúrgicos. É proibido cantar nas celebrações litúrgicas cânticos profanos! Só se canta um cântico composto especificamente para a liturgia!
No Glória, Credo e Santo deve-se prestar atenção para não se colocar letras que alterem o sentido da oração original; Em outras palavras:
= o Glória deve ser sempre um louvor ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. É errado cantar nessa hora o hino «Glória, glória, aleluia»!
= o Credo deve ter sempre uma clara confissão de fé na Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo e, ao menos, uma alusão a Igreja. O ideal é não mudar a letra do Credo!!!
= o Santo deve ter ao menos a afirmação da santidade de Deus Pai e a proclamação de que Jesus, que vem em seu nome, é bendito.
- Sempre que se canta o canto da paz, deve-se cantar também o Cordeiro.
Como organizar a procissão das ofertas
- Rigorosamente, não se devem oferecer coisas que depois serão retomadas! Isso seria um teatrinho! O que é oferecido deveria ser coisas para a celebração, para a manutenção da Igreja e para ajudar aos necessitados.
A ordem da procissão é a seguinte: primeiro as ofertas que se queiram trazer. Por último o vinho, a água e o pão. Não se traz o cálice vazio, nem as velas, nem a cruz, nem o missal, e muito menos a bacia com o jarro d’água!
As ofertas são entregues ao Padre ou ao Diácono.
Como comungar
- Há somente dois modos de comungar:
* um mais antigo: na mão. O fiel estende as duas mãos, a direita sob a esquerda. O padre coloca o Corpo do Senhor, dizendo: «o Corpo de Cristo»; o fiel toma a hóstia, responde «amém» e comunga, observando se ficou algum fragmento na mão para limpá-lo.
* um modo mais recente: na boca. Após responder «amém», o fiel abre a boca e estira a língua um pouco.
- Quando a comunhão é sob as duas espécies é dada sempre na boca.
- É errado: * ir ao altar e pegar a hóstia. A comunhão deve ser sempre recebida: «Tomai!», disse Jesus!
* pegar a partícula das mãos do padre antes que ele a deposite na palma de nossa mão.
As cores litúrgicas
- De acordo com os tempos litúrgicos e com as festas celebradas, mudam-se as cores litúrgicas. São elas:
- Verde: usada no tempo comum, quando não há nenhuma comemoração especial. Significa a esperança cristã, fundamentada na Ressurreição do Senhor e na sua presença na Igreja: na aparente banalidade da vida, o cristão espera sempre, pois o seu Senhor está presente.
- Branco: usada no tempo do Natal e Pascal, nas festas de Cristo, da Virgem Maria e dos Santos não mártires. Significa a pureza da vida cristã, a fé e a vida nova trazida por Cristo.
- Vermelho: usada na Sexta-feira Santa, na Solenidade de Pentecostes e nas festas dos Santos mártires. Significa o fogo do amor divino doado pelo Espírito que faz, inclusive, derramar o sangue no testemunho de Cristo.
- Roxo: usada nos tempos de penitência: Advento e Quaresma, bem como nas missas exequiais (pelos mortos) e celebrações penitenciais. Significa a sobriedade e o luto de um coração contrito e humilhado.
- Rosa: é facultativa. Trata-se de um roxo mitigado e pode ser usada no Terceiro Domingo do Advento e no Quarto da Quaresma.
Ritos e gestos da celebração
- Eis alguns dos gestos mais significativos:
* abrir os braços: era o modo de rezar dos judeus e dos antigos cristãos
recorda também os braços abertos do Crucificado.
recorda também os braços abertos do Crucificado.
* estar em pé: atitude de atenção, de disponibilidade, de respeito.
* ajoelhar-se: atitude de adoração, de dependência
é a atitude básica do cristão diante do Senhor ressuscitado: diante dele se dobre todo joelho, no céu e na terra (cf. Fl 2,10).
o mesmo sentido tem a genuflexão diante do Santíssimo.
é a atitude básica do cristão diante do Senhor ressuscitado: diante dele se dobre todo joelho, no céu e na terra (cf. Fl 2,10).
o mesmo sentido tem a genuflexão diante do Santíssimo.
* inclinar-se: sinal de respeito, humildade, dependência, súplica.
- Eis alguns ritos:
* abraço da paz: é o modo tipicamente cristão de saudar-se em Cristo.
na Igreja antiga os cristãos trocavam entre si o ósculo (beijo na face) em sinal da fraternidade em Cristo.
saudar-se em Cristo é desejar ao outro a paz que Cristo nos deu; é também reconhecer que o outro está comigo na mesma Paz, ou seja, na mesma e única Igreja de Cristo.
* a fração do Pão: é um gesto que recorda o próprio nome da Missa.
foi o gesto de Jesus.
foi o gesto de Jesus.
Em Roma, o rito chamado “fermentum” adquiriu um significado belíssimo: após partir o Pão consagrado, o Bispo enviava uma partícula para seus presbíteros, que celebravam nas várias paróquias. Esses padres, misturavam esse pedaço com o vinho da missa que eles celebravam, indicando, assim, que a missa celebrada por eles era a mesma do Bispo. Assim, esse gesto significa que a Eucaristia é uma só, é sacramento de unidade!
Atualmente, o rito recorda que ambas as espécies pertencem à única pessoa do Cristo glorioso em sua totalidade: Cristo todo no pão e todo no vinho, vivo, ressuscitado.
+Dom Henrique Soares da Costa
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